sábado, 19 de março de 2011

Funes e a matemática. Uma explicação coerente

-A minha professora de matemática é espectacular.Explica a matéria toda em pormenor, faz exercícios e ainda sobra tempo. Nada que se assemelhe à do primeiro semestre e à maioria dos professores, que dão por adquirido que já sabemos tudo ou dizem que aquele passo vai ser dado mais à frente.
Chega a tratar-nos como se fossemos atrasados mentais, vai mesmo às coisas mais básicas.
-É normal, tem um atrasado mental em casa, a quem tem que explicar até como se toma um comprimido, ou como não calçar uma meia verde e outra castanha, ambas do avesso.
-Quem?
-O marido. O auto-intitulado único génio da sua geração.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Saphou, porquinho mealheiro

Ontem, arrasada com o sono, despiu-se sem saber bem o que fazia e atirou-se para a cama, deviam ser quatro da manhã. Ouviu o tilintar de não sei quantas moedas a cairem do bolso as velhas calças pretas. Viu-as espalhadas pelo chão e adormeceu.
Hoje, quando ia para o duche, ao tirar as cuecas, caiu-lhe uma moeda que se alojara atrás, mesmo ao centro.
Não te trates, não! Ou melhor, também podias ser o "porco-bola", agora que há que procurar novas oportunidades de emprego. É uma capacidade muito apreciada esta de fazer saír moedas de um euro onde a parte posterior das coxas se une. Olhem o sucesso da galinha dos ovos de ouro!

Pensamentos do dia

Por muito que regues a bananeira, nunca dará cocos
e
filho de lagartixa, nunca será jacaré.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Pickup Ford e Americanos v. Ingleses (Top Gear)

Sou uma rapariga de modos modestos

Já jogava golfe aos 16 anos, por ser um desporto para pobres, podia sempre cheirar a relva e caminhar quilómetros, por uña calderilha. No auge do entusiasmo do ténis, quando em Portugal havia quatro campos de golfe, no máximo, era acusada de gostar de um jogo para jarretas pobres, quando a juventude betinha dava raquetadas na bola amarela e a menos betinha a invejava.
O tempo da vacas magras veio a dar-me razão, só que agora é usual ver um bovídeo (que passou a ser sagrado entre nós) a pastar ao lado e moda dizer que é para todas as todas as idades.
Querem o IVA a 6% ? Misturem-se na natureza com os bovinos e as aves. Não ostentem a ir para a hidroginástica!.
Há sempre a vantagem de apanhar umas bolas brancas no meio do verde interminável, ter o entusiasmo de apanhar ovos de Páscoa e depois levá-los para o Estádio, com um bilhete oferecido por um amigo, claro, que aqui não sobram trocos para futilidades, embora também o IVA esteja barato para quem vê espectáculos desportivos. Praticar desporto, excepto o  golfe, é que não. Só o golfe faz bem à saúde.
Também posso sempre vender as bolas sobrantes, com IVA ou sem. Tudo no golfe é reciclável e amigo do ambiente, em especial dos adeptos da outra equipa.
Sim, que eu sou da geração à rasca, já me diminuíram o ordenado, e se abro muito a boca arrisco o despedimento. É ilegal? É inconstitucional? O que é que isso interessa para quem não tem o poder negocial.
Acima o Homens da Luta, que vençam o festival da Eurovisão (Isto da Europa é um treta. Israel faz parte da Europa para efeitos de festival e futebol, sob pena de implodir...tudo é relativo).

sexta-feira, 4 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

Shrinks

After twelve years of therapy my psychiatrist said something that brought tears to my eyes. 
He said, "No hablo ingles."

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Pensamento do dia

Por mais que se regue uma pereira, nunca dará maçãs.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Hoje acordei com uma questão que me incomoda

Porque é que na Casa de Serralves, no almoço buffet do terraço, só os administradores e amigos têm direito a mesa com toalha branca e guardanapos de pano à bela maneira antiga e guarda-sol a condizer, não vão as moleirinhas aquecer demais.
O comum dos mortais, que ainda por cima paga, senta-se numa mesa que pode ou não abanar, consoante a sorte, e tem apenas direito a um individual rasca, mais um guardanapo de papel que, com sorte, não voa. Quanto ao guarda-sol, só se não estiverem todos ocupados, e como são um bem muito escasso, em regra estão. Na Casa de Serralves estão-se nas tintas para a moleirinha do comum dos mortais. 
Quanto ao almoço em si, recomenda-se.
Isto é um acto discriminatório de ostentação próprio de um país subdesenvolvido em bicos de pés. Se queriam dar aos administradores um tratamento de favor, deviam fazê-lo disfarçadamente, como é próprio de uma democracia civilizada.
Onde eu trabalho, almoço na cantina, se quiser comer, ou de pé num dos bares, respeitando a fila interminável, e se for ao restaurante, não há tratamentos de favor. É certo que não sou administradora, mas os administradores misturam-se connosco, aquilo a que os não parolos chamam mingle.
Acho que vou apedrejar os administradores da Casa de Serralves. O problema é que o Funes é amigo de um deles...Mas o apedrejamento esta muy de moda e eles estão a pedi-las. Apedrejá-los ou não, eis a questão. Como é que posso continuar a viver com este dilema?

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Agora é que o Expresso vai vender...

O Expresso 2000 começa com o Wikileaks Portugal. Foram investigados 722 telegramas. Uma notícia por semana. No Expresso não haverá crise, apenas uma corrida às bancas. Medida inteligente, nem que a notícia seja a de que Sócrates Pinto de Sousa não lava as mãos depois de ir à casa de banho. Marketing no seu melhor.
É melhor levantar-se de madrugada, reservar já no quiosque do Senhor Zé Silva, ou assinar o Expresso on line, se não for info-excluído e for preguiçoso. Em qualquer caso, é cusco. Se aguentar a cusquice,  poderá sempre esperar pelo disse que disse dos noticiários, ir ao blog do Funes, ao facebook, ao twitter, ou fazer um downlad pirata.
Este post está uma merda, mas é serviço público.
Eu sou a favor do download pirata. Dava-me jeito ir uns meses para a cadeia (até 3 anos), com tudo pago e nada para fazer. Naturalmente, teria uma cela só para mim,  fully equiped e escreveria um best seller. A cadeia seria soft, tipo Santa Cruz do Bispo, e até teria o meu terreno para cultivar, bem de que não disponho.
Os outros crimes não me atraem. Por algum motivo sobrevivi até à era da sociedade da informação, em que, curiosamente, anda tudo à pedrada, como no tempo dos Flingstones, e há países civilizados que extraditam  o Wikileaker para a Suécia.

Agora que o Outono vai começar

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Muammar Abu Minyar al-Kahdafi: once terrorist, always terrorist, let's hope he leaves without a bath of fire and blood. Insane with power in a non organized country.نحن نقف الى جانب شعب ليبيا

Terrorist and insane, compares himself to the Queen of England and blames Al Quaeda for what is happening.  Let's hope the bloodshed doesn't increase dramaticaly. Let's hope he doesn't act like the roman emperor Nero. The regime must fall. Now its Libya's people time. But in Libya the desert also extends to the opposition, non organized, pulverized, distant... Let's hope a new Somalia doesn't emerge...Libya has no organized State. Desert and several tribes, distant from one another. From emptiness of power there is a strong possibility to emerge chaos.
نحن نقف الى جانب شعب ليبيا

Vladislav Erko - Владислав Ерко

Hoje sinto-me assim: efeito da beta-endorfina?
Vladislav Erko - Владислав Epko

Insónias

Ela estava com insónias e resolveu sair para apanhar ar. A noite estava convidativa, calma e fresca. O marido ressonava na cama ao lado. Saiu e foi até um bar na praia. 
O bar estava atulhado dos miúdos da geração ni ni, não havia, sequer, lugar  para se sentar. Esperou um pouco e aproximou-se do mar. Foi então que, vinda do nada, a sétima onda a contar da primeira, atingiu uns seis metros, galgou a praia, arrastando montanhas de areia, e encharcou todos os que estavam distraidamente relaxados com a música, a conversa e a bebida.
Passado o susto inicial, o reboliço atingiu o bar e ela verificou que estava toda ensopada, numa mistura de água salgada, areia, pequenos calhaus rolantes e, a enfeitar-lhe o cabelo, uma alga gigante. Desatou a rir, por descompressão, pela figura que estava a fazer, ou pelas duas coisas. Foi quando ele, como que saído do mar, olhou para ela com um ar divertido e cúmplice, também alagado e coberto de algas. O riso dela contagiou-o e, enrolados em toalhas que o Batata distribuía, foram para um lugar mais aquecido continuar a conversa. Já não se lembra bem do nome do hotel, mas é um hotel de charme que abriu recentemente do outro lado da ponte, já na zona de Marrocos. Aproveitaram e fizeram a viagem no autocarro eléctrico que a Toyota está a experimentar que, noite das surpresas, também se recusou durante algum tempo a andar, por excesso de peso. Felizmente, eles não tiveram que sair, mas foi mais um motivo de riso e cumplicidade, quando viram que o Presidente da Câmara e a Comitiva que acompanhava o Primeiro Ministro Sócrates Pinto de Sousa, mais o próprio, foram convidados a sair, para dar um exemplo de boa vontade e simpatia perante o povo, contente, que não queria abandonar a experiência. Também o peso das consciências dos membros do Governo podia ser um factor decisivo a causar a imobilidade do veículo. Mas isso ninguém disse.
Ele só se ria, porque não entendia nada do que se estava a passar. Nem mesmo a língua, que lhe soava a russo.
Depois de devidamente arranjados na casa de banho do hotel, os empregados já não os olhavam mais de lado, como se fossem pedintes. A eles, também, tudo ficava bem. A conversa continuou animada, sempre em inglês, e ele foi-lhe contando pormenores da sua estadia em Portugal, onde vinha promover a marca de Michael Kors, pormenores da sua carreira de modelo, que o tinha salvo de uma vida devassa, e por aí fora. Ela ouvia embevecida e ele, curiosamente, achava-a o máximo.
Mais bebida, mais conversa, e acabaram numa noite em que várias ondas atingiram a suite de luxo do tal hotel de charme. De madrugada, quase dia, ela decidiu chamar um táxi e deixá-lo dormir. Apenas lhe escreveu um bilhete que não é para partilhar com cuscos. Ele não deu pela sua saída. Um clássico. Ela nunca lhe chegou a dizer onde vivia. É certo que cometera adultério, mas por uma boa causa: a sua. Afinal, é ínfima a probabilidade de dar de caras com  Tyson Beckford num bar do Porto, e ainda por cima sentirem aquela cumplicidade única.
Entrou de fininho em casa, tomou um duche e foi dormir. Quando acordou, a altas horas da manhã já tarde, não tinha a certeza se tinha sido tudo sonho. 
Mas a verdade é que na rua não se falava noutra coisa e ela constatou com os próprios olhos que havia montículos de areia por toda a estrada, o bar estava parcialmente destruído e, na zona da Anémona, nem os carros podiam passar. A filha, ao chegar da escola, contou-lhe que a melhor amiga escorregou na areia ao chegar a casa, precisamente nos edifícios de pedra junto ao mar.
Também a imprensa local, os noticiários, bem como a net (e como diz o outro, se está na net é verdade)  davam nota do fenómeno que havia atingido a zona. E que fenómeno!

Nota: se esta insónia tivesse ocorrido com Funes, ele ter-se-ia encontrado na praia com o Dr. Bucéfalo e teriam ido para a sumputosa casa deste. Mdme Funes teria descoberto tudo e dado uma tareia ao marido que, por ambos os motivos, ficaria em Estado de Graça.

E você, também condenaria Kevin Carter?

 A  fotografia correu o mundo e ganhou o prestigiado prémio Pulitzer: a menina do sul do Sudão, desesperada com fome, com um abutre à espera.... Muitos condenaram Kevin Carter como abutre, por  não alimentar a criança. Ele suicidou-se aos 33 anos. A menina sobreviveu até adulta.
E você? O que faria? Também condenaria o fotógrafo pela opção tomada?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Poderá ser um dos retratos de Funes em pequenino?

Hoje,

É mais disto, que daquilo.O cara de fuinha mesmo a pedi-las ganhou ao boneco da Michelin.
Helás!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Vigiar a Costa para quê? Até somos um país do Interior da Europa! Não desperdiçamos como a Suíça, que tem uma dezena de barcos patrulha por causa de uns lagozecos, vulgo a "Marinha suíça"

Os radares foram avariando e o sistema LAOS foi para o caraças. Só sobraram dois radares fixos, no Algarve, e três móveis, ao sabor do vento, das marés e dos humores. Os radares do sistema LAOS avariaram e foi considerado economicamente desinteressante repará-los. A seguir aos radares, foram embora os polícias que, sem radares, não estavam  a fazer nada nos postos de vigia, um desperdício de recursos. Afinal, somos um país com uma costa de tamanho ridículo, pelo que basta ser vigiada por 50 binóculos, enquanto não forem para o estaleiro. Com o sistema LAOS inoperacional e o sistema SIVICC a  entrar em funcionamento lá para as calendas, traficante amigo, é hora, o governo está contigo! Cuidado é com o Algarve, do Ancão até Sagres.