quinta-feira, 8 de abril de 2010

Depois da morte, curto diálogo de origem Zen

-Mestre, que sucede ao homem avisado depois da morte?
-Não sei.
-Não sois um homem avisado?
-Sim. Mas não estou morto.

terça-feira, 6 de abril de 2010

A Insustentável Leveza do Ser

Tinha uma vontade brutal de fazer qualquer coisa que a impedisse de voltar atrás. Tinha vontade de anular brutalmente os últimos sete anos da sua vida. Eram as vertigens. Um enebriante, um incontrolável desejo de cair.
Poderia talvez dizer que ter vertigens é embriagarmo-nos com a nossa própria fraqueza, queremos abandonar-nos a ela. Embriagamo-nos com a nossa própria fraqueza, queremos ficar ainda mais fracos, cair por terra em plena rua à frente de toda a gente, ficar por terra, ainda mais abaixo que a terra.
In: A Insustentável Leveza do Ser - Pag. 89, Milan Kundera

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Tudo tem um fim

Hoje chegou ao fim o blog da Saphou. Abolido o relacionamento inter-pessoal do mundo analógico, esta era a janela que ela encontrou para se relacionar com o mundo. Amigos virtuais, com  existência própria. Nem esperava fazer amigos reais, sempre através do filtro do mundo virtual, mas a verdade é que os fez.
Mas já nada mais lhe interessa. Isola-se por ora. Mesmo do mundo virtual. O sofrimento não deve ser partilhado, é o seu lema. O fim é sempre triste, por vezes brutal, impiedoso. Mais valera não haver início.
Saphou apenas aspira ao nada.
Pode ser que um dia ressuscite. Quem sabe. Até lá, obrigada a todos os que passaram por cá.

sábado, 27 de março de 2010

Ouço Passos de Coelho, será o da Páscoa?

Não! És tu Pedro, que ingauguras a época passista no saco de gatos. Agora é que vão ser miaus e arranhões por todo o universo laranja. O Paulo maizena vai deixar Montesquieu só, nem mesmo levado ao colo pelos barões lá chegou, vai continuar a pregar a retórica barroca na freguesia da Europa e Aguiar-Branco, um gentleman, volta para a Invicta, onde está bem. O saco dos notáveis revolta-se pela calada, mas tu Pedro, serás suficientemente inteligente e experiente para Outro atirar a toalha ao chão?Tens que pensar, maquinar muito, ele é um tipo do aparelho rosa muito mais experiente do que tu, com um curriculum que fala por si e pela imprensa. E os que vêm de dentro? Punhaladas não vão faltar, a gerrilha está instalada há muito neste universo onde hoje todos se proclamam  muito unidos. E já agora, não tropeces na ambição, para não teres uma vitória de Pirro. Por uma questão de cautela, não vás à festa da flor na Madeira. É melhor evitar a ilha por uns tempos. Contribui arredondando.
Afinal, a madrugada começou divertida: habemus tiranus! E viva o Coelho da Páscoa antecipada. Sempre intui esta vitória. E vós? Intuistes? Muitos rosa e laranja, quiçá o nosso Presidente, vão ter insónias esta noite. Laus PSD.

sexta-feira, 26 de março de 2010

quinta-feira, 25 de março de 2010

Pedro Abrunhosa:

O português quer ganhar a roubar no fiambre
(in 5 para a meia-noite)

terça-feira, 23 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

Antes de partir, deixei um pedido análogo a este, há que combater o terrorismo na educação

Se perguntarem por mim,

respondam que deixei crescer a barba e o bigode a ando a monte, fugida do Estado de Direito. Enlouquei de vez, à força de repetir mentalmente que o fim é triste, muitas vezes brutal e feio e que mais valia não haver princípio. Com os cabelos desgrenhados  ao vento e à chuva procuro o nada. Só o nada me pode aquietar.
Onde é que já se viu, ganharem ao minuto 90!

Naturalmente que as plantas têm memória, emoções e até dormem, pelo menos as leguminosas

A antiga Root Brain Theory de Darwin está a ser  desenvolvida e provada um pouco por todo o lado, em especial no Império do Sol Nascente.

quarta-feira, 17 de março de 2010

José Trocas-te

falou bem na acção de promoção governamental da Estratégia Nacional para a Energia. E ninguém desmentiu o apelido, nem o próprio! O subconsciente é lixado.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Jesus Luz

Por isso a Madonna está sempre em forma!
Clique no DJ brasileiro que o quiser apreciar mais em detalhe.

Ordem de trabalhos

Ponto 1: O Raspanete
Enquanto ele ia, de fato e gravata, com o símbolo da monarquia na lapela, embora recém inscrito na JP, para uma festa de aniversário no clube de squash do Porto, ela esfolava as outras no jogo de basquete, em que ganharam 82-8, vindo rapidamente tomar um banho a casa, para seguir com um grupo para o Piolho, tendo passado pelo MacDonalds para satisfazer o estômago e acabando no Gare a dançar música alternativa. Peguntei-lhe se não aproveitou para fumar um charro, mas mostrou-se muito ofendida por a mãe fazer uma pergunta daquelas. -Deves ser a única mãe do mundo que fala desse tipo de coisas a uma filha! Pensas que eu sou quem? Claro que o meu propósito era pedagógico, pretexto para contar a história de uma amiga que num dia de desespero fez uma trip muito má...espero que ela tenha entendido, já que tem 100% a matemática no 10º ano, mas não sabe de cabeça quantos são 5 vezes 750...Por isso, fico sem certezas.
No dia seguinte, ele pregou-lhe O sermão: - tu tem cuidado, vê lá com quem te metes, essas duas amigas novas que agora fizeste, mais alguns tipos do grupo, são muito suspeitos. Vais ao Piolho? Tu pensas que és estudante universitária? Que vás ao Gare, ainda vá, uma vez ou outra, mas se fores ao Via Rápida ou ao Act (e ainda mencionou um terceiro nome que não fixei), deixas de ser minha irmã. Eu sou selectivo, mas sei com quem saio e que posso estar à vontade com os/as meus/minhas amigos/as. Quando eles se desviam, afasto-me. Há quanto tempo não saio com o Leite? Eramos grandes amigos, mas o tipo deu em tolo...
Exibindo uma concepção vitoriana da vida, que desconhecia e depois lhe expliquei, acrescentou: a vida é feita de degraus, enquanto eu subo, tu desces.
E eu? perguntei curiosa. Tu estás ao lado da escada! Nem entraste no átrio. E já agora, mã, não tens juízo, onde é que já se viu falar em drogas a uma miúda, maria vai com as outras, de 15 anos? Só podes estar tola!

Ponto 2: O Cão
-Gostava de ter um cão. Pode ser mã? Nos meus 18 anos. Eu tomo conta dele, prometo. Mas não quero um pamonha como a cadela do Sebesta que se limita a dormir o dia todo, ou a comer. No outro dia até comeu uma caixa de analgésicos.
Gostaria de um cão activo, um pastor alemão. Podemos chamar-lhe Kaiser, ou Blitz...
Nem pensar, um cão polícia bélico cá em casa...e esses nomes estão fora de questão. Tu não devias ser da JP mas do PND...Nunca vi nada mais retrógrado e anti-democrático. Não admira que no teste do Google tenhas ficado entre a Magaret Tatcher e o Hitler, enquando eu fiquei na exacta posição de Ghandi, Dalai Lama e Nelson Mandela.
-Sabes como acabou o Ghandi? E o sabes que o Tibete não tem hipótese, por muito que os fraldiqueiros desejem. Mas deste-me uma ideia para o nome do cão, podia ser Salazar!
-Nem penses!
-E  Bento XVI?
-Ó meu parvalhão, agora dás em blasfemo!
-Então mã! Afinal, é um pastor alemão!

Triste, triste

Porque é que aquele estafermo adiou a aprovação do PEC para 25 de Março? Que queira humilhar Sr. D. Manuela, Dra, Vaxavor, sujeitando a votação algo que dela não carece, já  é baixeza, mas a mim ataca-me no meu ser filosófico: se não tenho PEC, não tenho nada, a não ser um braço inchado e falta de dinheiro. Adiaram-me a esperança de estabilizar e crescer. Dass. I hate Mondays!

domingo, 14 de março de 2010

Hoje, o congresso do PSD

foi confrangedor de chato. Ao menos, se tivessem aprovado a medida da maioria qualificada, a coisa ainda animava. Mas só com a lei da rolha e a ineficácia da contagem de votos das alterações ad hoc a  normas estatutárias de segunda, mais a caras de enfado de todos os presentes, nem precisei de xanax. Desse ponto de vista, até foi terapeutico. Todavia, a medida não foi aprovada porque os empenhados congressistas não tinham a mesma perspectiva que eu. Não aguentaram mais de três horas de seca e, de fininho, foram one by one, abandonando a magnífica sala, até não haver quorum para aprovar a mais importante medida que Santana Flopes, O Comendador, propunha. Ironicamente ganhou, mas vinha em último e a maior parte dos congressistas sentiu a fome a apertar e o sol a chamar, de qualquer modo, nem percebiam bem o que estavam a votar, entregue à última da hora... Sem quorum é como fazer omeletes sem ovos.
Ontem ainda me diverti com a retórica barroca do dedinhos gordos pinguim maizena, do tipo que, a guiar devia ser no PP, e do PPC, que já atingiu o estádio de ser pensante, tirando a parte em que meteu o pé na argola a pedir perdão àquela flor de cheiro que de imediato mudou de vaso para o lado do botãozinho desabrochante num jardim afrancesado.

sábado, 13 de março de 2010

Estou feliz! Não por causa do indígena com uma embalagem enganadora

e modos desafiadores primários, mas porque sou uma nominalista e hoje é aprovado o
Há alguma perspectiva de exisitir estabilidade?Claro que não! E crescimento? Não me gozem!
Mas nada disso interessa com a aprovação do PEC. O único que importa que temos um , em papel ou formato digital, tanto me faz que eu não sou exigente.
Do que o PSD precisava era de um PEC.  Assim já se entendiam, pelo menos, quanto a um ponto: deve o Congresso durar um dia ou dois?

quinta-feira, 11 de março de 2010

Saphou Saphada

Querida Maria Saphou,
Se não apreces no prazo máximo de 2 horas juro que enfio este exemplar dentro de uma express package e envio-to com portes a pagar no destinatário. Onde é que já se viu não passar cavaco -passo a expressão que não é de elefantes mas sim de indígenas que falamos - às tropas?

terça-feira, 9 de março de 2010

Cuidado Privada,

que eu estou de mau humor...

Basta de Penas e de Má Sorte.

São vezes demais as vezes em que a voz nos grita de dentro
Mentiras que sonhos esmagam em céus incandescentes
Devaneios implorados, concedidos, desmedidos, trucidados
Semeados em desnudas mentes condoídas do mais bravio desalento

São vezes de menos as vezes em que a voz nos grita por dentro
Palavras que elevam a alma e joelhos arvoram estoicamente
Olhos descrentes nos olhos de quem vilmente nos mente
Vida assim angustiada é morte suplicada e o sonho é a quem pertence.

Basta de penas e de má sorte
Basta de choro pungente
A quem serve não cortar o fio à morte
Senão a quem de si rouba vida fulgente.