segunda-feira, 19 de outubro de 2009

domingo, 18 de outubro de 2009

Portugal deveria ajoelhar-se aos pés de Sócgates,

o único Primeiro Ministro de "coração limpo, espírito aberto e mão estendida". Com a perda da maioria absoluta foi-se a arrogância, aprendeu os termos "diálogo" e "dialogar", que desconhecia, por isso os repete à exaustão como uma criança que aprende a dizer "papa" e, mais do que isso, tornou-se místico. As palavras pronunciadas por Sócgates depois de indigitado são palavras dignas de um santo. A pequena diferença é que, no caso dos santos, são terceiros que as pronunciam para referirem o dito, não o próprio. Mas não está excluído que alguém se possa auto-proclamar santo. Henrique VIII também se auto-proclamou chefe da igreja inglesa e com enorme sucesso. Talvez o nosso Primeiro venha a ser também Santo Pinto de Sousa, mas só quando recuperar o poder absoluto e iluminado, o que ainda demorará um tempinho. Por enquanto, tem que passar pelas provações da dependência dos ogres. Mas já lhes está a fazer a cama.
O potencial santo com pés de barro tanto abraça a esquerda como a direita, o que quer é companhia, farsante encenador. Os outros, que são tudo menos santinhos, já entenderam a farsa e afastam o Zézito. Mas eis que passa a mensagem: - Se eu cair a culpa é vossa, não empurrem muito que eu caio. O povo que veja isto. A culpa é deles, os maus. E se os outros o atiram o povo ainda o aclama como Santo Padroeiro, Salvador Nacional.
Três pequenas notas:
1. Gostariamos que JPP (também conhecido por alguns como a loira do regime, epíteto que eu considerava injusto até às actuais eleições, em que grande parte da estratégia desastrosa do partido que representa passou por ele, pelo que estou a ponderar se não será ponderado ponderar considerá-lo mesmo a loira do regime) assumissse a liderança da bancada parlamentar do PSD, pese embora, totalmente remodelado e informatizado, o Parlamento não reúna ainda condições de trabalho para o o ilustre deputado. Caso seja Aguiar Branco, ainda mais loiro e inexistente, o PSD demite-se também de se opor.
2. João de Deus Pinheiro foi coerente ao renunciar ao mandato depois de sentado meia hora na casa da democracia. É um homem que sempre assumiu a mesma postura de coerência, basta pensar em todos os cargos políticos que assumiu no passado. As suas condições de saúde só lhe permitem dedicar-se ao golfe, em especial ao 19º buraco.
3. A expressão "estás a gozar o preto" não se aplica no PSD. Quem gozou a tia Manuela foi mesmo o Preto, que lixou as listas da Senhora, por ser arguido e aceitar sem se fazer rogado ser candidato. Uma vez conquistado o lugarzinho na casa da democracia, António Preto suspende de imediato funções por ser arguido. Se não for dentro, garantiu o tacho. Mais um tiro no pé do esburacado e balcanizado partido que ainda resiste.

Who reads the papers? E em Portugal, qual seria a resposta?

sábado, 17 de outubro de 2009

Marisa Monte: Solidão

Conto à Sexta-feira: "Partir"

... és tu? Vieste matar-me?
Toda a vida tentei evitar-te, mas chegas em boa hora.
Não imaginei que fosse assim.
Pegavas-me na mão, corrias comigo em volta da casa, voltas e voltas, e rias, eu pendurado no teu braço, tinha de novo 3 anos, e o teu sorriso era uma festa.
Mesmo quando me puxavas em direcção ao rio, tanto frio, tanta gente, e tu a arrastares-me para o banho gelado. Nessas noites não queria partir.
E chegas agora assim, num momento tão simples.
Hoje não me despi para dormir, estou pronto para partir contigo, não sei se queres conversar um pouco, parece que não tens pressa, por mim podemos ir, não preciso de mais tempo.
Há muitos dias que revejo a vida e lembro-me apenas da infância. Tenho-me interrogado se a vida além da morte é isso.
Não compreendo porque subestimo tudo resto.
Não respondes? Gostava de saber porque chegados aos 80 lembramos dos 40 para trás, ninguém entende os velhos.
A vida foi tão bonita, tão desafiante, tenho pena de partir. Mas sinto que é chegada a hora. E a prova disso é a tua presença aqui no leito da minha cama, onde já durmo só há 20 anos.
A minha mente tem clarificado as vivências. Vejo-te comigo desde o início, lembro-me de estar nos teus braços antes de berrar nos da minha mãe, não compreendo como pode ser possível, mas agradeço teres permitido que chegasse aqui. Se viesses antes não teria visto.
No outro dia, enquanto tomava um chá, ali no sofá da sala, vi-te passar na janela, corrias, quase voavas, levaste as casas e deixaste um vale verde, parecia um quadro, uma paisagem aprofundada, pensei em dizer-te adeus mas, desculpa, as minhas pernas não são as mesmas e, apesar do momento ter sido longo, limitei-me a sorrir. Diverti-me imenso com a tua dança, pena que nunca mostrasses o rosto, não te julgava tão calma e bonita. Tens uma aparência maternal.
Já chega de considerações, não é? Vamos embora. Devo colocar um chapéu, que achas? Um chapéu bonito para poder dançar contigo e fazer vénias quando passar em frente das janelas dos meus amigos.
Tenho que me levantar, não é? Levantar-me e partir.
Sabes, vou ter saudades, saudades de tudo, a vida foi tão bonita...
Ok, acho que estou preparado, podes segurar-me a mão? Queria evitar as lágrimas.
Dá-me um momento para sentir, deixa-me rever só uma vez e, depois, embala-me no teu sopro, faz-me leve silhueta para que os amigos não se assustem a ver-me dançar e sorrir, dançar e sorrir, dançar, dançar, dançar e sorrir... elevado sobre o altar, mãos laçadas na nuca, perdido nas conversas de ocasião, descobrirei coisas novas em todos, tarde demais para reagir, e quando os 4 segurarem as asas do meu corpo, na viagem de devolução, cantarei, tinha escolhido várias músicas para tão digna comemoração, mas hoje não sei o que lhes cante, se me deixasses pensar um poema que lhes revelasse este segredo de como se morre bem? Eu sei, mas tu também sabes que sempre falei demais, tem um pouco de paciência.

Onde estás? Ei, já morri? Morrer é falar sózinho?
Oh e agora, posso levantar-me, mover-me? Será que me desintegro, só me é permitido falar? Mas no meu caso, ou em todos os casos? Não há mais mortos aqui? Para onde vou? Fico aqui? Ei, a sério, então, fico aqui? Espero que me encontrem? Confessa, é mais um desafio, não é? Não sei nada desta cena, estou cheio de medo, vou me deixar estar por aqui deitado, mexo só os olhos, há-de ocorre-me qualquer coisa....

Hum isto é muito estranho, que sensação. Estou contente, não sei como reagir, demais, isto sim é completamente novo, quem diria, aos 80 anos uma nova experiência. Ouve, e se estou confundido e vivo ainda e estou no meio de um delírio? Se calhar devia levantar-me e desligar a televisão. Não, é melhor ficar aqui, se tiver morrido, ao menos não me surpreendo. Não é?

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Afinal, Manuela Ferreira Leite é a Outra Senhora ou a Anarquista Espanhola?

João Soares e Augusto Santos Silva, que de comum têm a patetice e a mediocridade, embora o último seja um pateta medíocre muito agressivo, têm que se entender, sob pena de colocarem o nosso Primeiro ainda mais frágil e afastado do diálogo que tanto apregoa. MFL não pode ser ao mesmo tempo "A Outra Senhora", como pretende João Soares, e a "Anarquista Espanhola", como acentua o ainda ministro capanga de Sócgates. É certo que, embora não se saiba exprimir correctamente, MFL assume sempre a mesma postura e não sofre de esquizofrenia, além de nem sequer saber castelhano e ficar muito mal vestida de sevilhana. De onde AAS terá tirado esta ideia peregrina, é um mistério oculto na sua agressividade pateta galopante. O PS é que parece estar a ficar nervoso e demente com esta insistência num presumido falso diálogo em que ninguém está interessado. O Primeiro Ministro deveria dar uns rotativos nas trombas de JS e AAS, manter a arrogância, ao menos dentro do PS, onde não precisa de fazer de Carochinha, por enquanto...

Poemas ao vento...

Na orla do vento movem
Seus corpos mortos as folhas.
E ora das folhas choram,
Ora onde inertes não movem
A chuva de Outono molha-as.
Não há no meu pensamento
Vontade com o que pensar,
Não tenho neste momento
Nada no meu pensamento:
Sou como as folhas ao ar.
Mas elas certo não sentem
Esta mágoa inteira e funda
Que os meus sentidos consentem.
Nada são e nada sentem
Da minha mágoa profunda.
(Fernando Pessoa)

Andar de Metro

- Estás todo roto, pá.
- Fogo, ando com umas insónias, não consigo dormir.
- Porque é que não vais ao médico? Dá-te umas pastilhas, aterras logo.
- Não sei se aterrava, se ficava eléctrico, já viste bem a genica dos estacionadores?

Rodrigo Leão: Imortal

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Qum

There is a city in Iran named Qum with a nuclear facility. Imagine if the radioactive Qum explodes and spreads trough all Iran!
More details on Daily Show website.

Francisco Assis já está habituado a levar nas trombas,

pelo menos, desde a célebre ida a Felgueiras (no tempo da Dona Fátima) por isso se explica a escolha para líder parlamentar do PS. Se a coisa aquecer, o homem já não estranha. E o nosso Primeiro pode sempre dar-lhe um rotativo, seguido de pontapés, ou mandar um capanga, para não sujar o facto Armani (Armani que me desculpe).

Porque sou pior que o Sócgates e quando prometo cumpro


Se esta Rua fosse minha, imagem de Carlos Romão, porque nunca me esqueço de uma promessa (tanga) e porque não sei do carregador da bateria.

Aqui estão os ditos "Fanfarra - electronica cá da Terra", na cidade supreendente podem ver mais sobre o que por ali se passa, que é estranho, muito estranho, quase tanto como a Casa Assombrada...

Triste Sócgates dialogante

Só leva negas,
diz para com os seus botões
que saudades
de quando podia ser arrogante!

Alto, posso sempre vitimizar-me.
Se alguma coisa correr mal
a culpa é deles
não apareceu um João Ratão
P'ra casar com Sócgates
a Carochinha,
que é tão linda
e prendadinha.

Diálogos matinais e uma bela forma de passar a tomar meias de leite sózinho

- Privada tu viste aquela cena da Mâite ?
- Vi indicadores na net, mas não sei o que se passa.
- Ouve, com tanta cena linda em Sintra foi filmar umas casas a cair, chamou província de Lisboa a…
- A sério?! Eh pá finalmente! Estou sempre a dizer isso, se fizessem a Sul as reportagens que fazem a Norte, o desenvolvimento sustentável tinha outro equilíbrio.
- O quê? Privada, ela até cuspiu na fonte dos Jerónimos, parecia toda marada.
- Normal, e os putos reguilas também tomam banho nos chafarizes, tal como cá.
- Cá onde?
- No Porto, pá. Não me digas que nunca viste ou leste uma reportagem sobre isso?
- Oh Privada é muito diferente ser um português a dizer mal.
- Eh pá, estive a ver aquele CAA e a Joaninha na RTPn , juro-te, a ignorância , a prepotência, a hipocrisia principalmente desse CAA, ate me deu vómitos, é incrível a coragem de muita gente para dizer mal, e a ingratidão com que as coisas se dizem, abala-me este tipo de pessoa.
- Oh Privada quem merda é o CAA? Não é possível ter uma conversa contigo…
- Não deves conhecer nunca fez novelas. Mas é um noveleiro, nem te passa. Dá vómitos o individuo, é cada calinada que se tivesse noção do que fala... bem é horrível, merecia um abaixo-assinado, não percebo como podem dar audiência a um verbete daqueles.
- Ok não conheço, nunca ouvi falar. Xau Privada
- Xau, se conseguir mando um vídeo do tipo "vais-te passar".
rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrrsrsr
( Fim - por agora, as coisas são o que são e não podem ser de outra maneira.)

Rowan Atkinson: the art of acting

O candidato do PS de Ermelo desiludiu-me

Em vez de praticar um acto criminoso que rompesse com a triste tradição miserabilista portuguesa, tendo, inclusive, a seu favor o facto de ser um crime com conotações político-partidárias, não, reitera uma longa tradição que vem do Estado Novo.
Passa-se, mata de caçadeira, foge, anda a monte uns dias e depois, arrependido, entrega-se à autoridade que, apesar dos inúmeros cartazes de candidato, afixados por todo o lado, não seria capaz de o encontrar, pelo menos nos próximos meses.
Para quando matar com uma arma a sério? Não mostrar arrependimento. Fugir de forma planeada. Nunca mais ser encontrado, mudando de identidade. Tudo preparado ao mais ínfimo pormenor. Até a retirada dos cartazes durante a noite, quando todos os gatos são pardos.
Francamente, os pequenos criminosos carecem de um curso das Novas Oportunidades.
E o mau gosto de matar logo de manhãzinha, por volta das 7 h e pico? Nem deve ter tomado chuveiro. Inacreditável.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O timing da ERC: 40 dias depois dos factos, passada a época eleitoral! Não sabia que a ERC era dada à justiça poética.


Não descartamos que o espírito malévolo tenha imperado na deliberação.
Disfarçada de boazinha, a ERC arruma de vez com o jornal da Sexta da Manuela Boca Guedes e fica bem na fotografia da senhora.
Alguém acha que o dito jornal vai voltar nos moldes em que existia? Não é que se perca algo que valesse a pena...
Também há a hipótese de ter sido JPCM a escrever o texto, o que demora o seu tempo. Mas isto é só para insiders.

O Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social deliberou, por unanimidade, "reprovar o facto de a Administração da TVI ter interferido na esfera de competências da Direcção de Informação, o que se afigura contrário à lei e lesivo da autonomia editorial e dos direitos dos jornalistas".
Na deliberação - emitida a propósito do cancelamento, por decisão administrativa, do Jornal Nacional de sexta-feira da TVI, apresentado por Manuela Moura Guedes -, o Conselho Regulador da ERC considera que "a referida decisão consubstancia uma intervenção contrária à lei e lesiva das atribuições e competências próprias da Direcção de Informação".


Clique para aceder ao índice do DOSSIÊ POLÉMICA COM JORNAL NACIONAL

Boa noite Malta!

Era uma vez
Um gato maltês
Tocava piano
Falava francês
A dona da casa
Chamava-se Inês
O número da porta era o 33!
Queres que te conte outra vez?

É tendência...

O papel de parede, este ano, é tendência;
As cores preto, branco, vermelho, cinza, beringela, roxo, azul forte, são tendência;
Os botins são tendência;
Os anos 80 voltaram, são tendência;
Os anos 70 também voltaram, são tendência;
As carteiras grandes são tendência;
As pulseiras grandes, com um toque caucasisano ou indiano, são tendência;
As roupas a lembrar o folclore russo são tendência;
As linhas simples são tendência;
Os quadrados são tendência;
E por aí fora...
Tendência, raio-que-os-parta. Que tal o velhinho e caseiro: "está/estão na moda"; "voltou/voltaram a ser/estar na moda".
Já não se aguenta este ambiente de esquerda caviar, mesmo de quem é de direita bacalhau, ou esquerda broa de milho, ou mesmo centro Baixa-da-Banheira.
A tendência de Saphou, hoje, é partir as trombas (com um rotativo nas ditas) a quem escreva ou diga o termo tendência, como sinónimo de fashion trend. Ok, relaxa e respira, conta até dez, medita na beleza da flor de lotus. Esquece os que casam nas Necessidades....mas é tendência!

Bom dia Malta!

Preparados para o dia de hoje? Dom Afonso Henriques não brinca em serviço. Vejam lá o que ele fez à mãe.