segunda-feira, 15 de junho de 2009
Têm Bongo embalsamado?
É que o Presidente do Gabão já bateu a bota há largos dias e só vai a enterrar no dia 18. Muito estranha esta demora. Já são bué de dias em câmara ardente. Será que Funes, na qualidade de Vice da Blogosfera e grande apreciador da bebida com o nome do Presidente, vai ao funeral?
Os gaboneses e gabonesas que me perdoem, sei que é de péssimo gosto, mas não consigo controlar a musiquinha que me martela o inconsciente: um Bongo, um Bongo, o bom sabor da selva...
E o próximo presidente será também um Bongo? Tudo indica que sim.
Já agora, porquê um Conselho de Ministros a escassos metros do defunto? Não têm mais edifícios?
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Omar Bongo
Boca de Sapo
Não é imaginação, estou a ser perseguida por esta marca de vinho que acho execrável. Em duas semanas encontrei as carrinhas e os carros 17 vezes. Comigo funciona a Lei da Atracção emparelhada com a Lei de Murhpy.
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Leis da vida
domingo, 14 de junho de 2009
Máximas de Saphou aborrecida ao Domingo
A melhor forma de uma pessoa se demonstrar sabedora, quando não percebe nada do assunto, é colocar um ar sério, circunspecto, olhar o interlocutor nos olhos e abanar que sim ou não com a cabeça, concordando com as frases que ele profira, sem reservas, e podendo intercalar o silêncio com uns "pois", "claro", "naturamente". Faz isto, meu amigo, e serás sempre tido como inteligente. E para que não fique a mais pequena dúvida poderá acrescentar: quem não concordar com o que acabou de dizer não percebe nada disto. Mas neste país tudo é possível.
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Máximas de Saphou
sábado, 13 de junho de 2009
Saphou informa: não deite fora, não! Recicle no ROUPÃO
Hoje assinala-se o 1º ano de funcionamento da Norte Litoral TV, não perca, dê uma espreitadela. Veja o noticiário e informe-se sobre o ROUPÃO: não deite a roupa fora, não!
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Norte Litoral TV
Oporto Sea Life Center
Está um adulto de meia idade, não identificado, desde hoje de manhã, à porta do Sea Life do Porto. Num cartaz pode ler-se que quer ser o primeiro a entrar quando o aquário abrir na próxima segunda-feira, se possível, quer viver lá. O cartaz contém a frase: "Aqui é que eu pertenço, escusam de me acenar com o lenço".
Trata-se, ao que soubemos, da mesma pessoa que se tentou infiltrar no início da semana junto do staff. Terá conseguido disfarçar-se de biólogo, mas foi descoberto ao ser mordido por um tubarão bébé que lhe arrancou parte de uma beiça quando o pseudobiólogo lhe tentava dar um beijinho. Valeu a intervenção imediata dos médicos que congelaram a beiça arrancada e a replantaram.
Recuperado, voltou para a porta do Sealife, ainda com sinais visíveis da cirurgia. A nossa repórter tentou saber de quem se trata e o que o motiva, mas só se consegue compreender a sigla PBL, repetida à exaustão. Será, talvez, líder de algum novo movimento em favor das criaturas marinhas, cujo nome não conseguimos apurar. Alguns populares adiantam que será o Partido para a Biodiversidade das Lulas. Outros dizem que não se trata de nenhum movimento político ou cívico, mas apenas a forma de o homem dizer que tem fome: Petiscos, Bebidas e Linguados, que o sujeito quererá comer. Para já, não temos certezas.
Fonte: Lusa, 13.06.09
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PBL
sexta-feira, 12 de junho de 2009
O português e o carro
Há duas manias que muito me irritam no português típico, seja homem, mulher, ou nem por isso: a) lavar o carro ao fim-de-semana; b) preferir uma lavagem manual porque a máquina risca.
Ao fim-de-semana, o português adora uma boa fila na garagem à espera da sua vez para entrar na máquina, enquanto vai lendo jornais, revistas e ouvindo a bola ou o Tony Carreira, ou o Pavarotti e os resultados do rugby, consoante o gosto. Classe A, B, ou C, indistintamente partilham o prazer da fila.
Por outro lado, aos que não se contentam com a máquina e exigem a lavagem manual (que também costumam dobrar o pijaminha) ninguém explica que o carro é para riscar e gozar, já que ao fim de 4 anos não vale nada. E se não for riscado pela máquina, haverá mil e uma maneiras de aparecer riscado, a começar por aquele risco tímido do vizinho que o detesta, até ao sulco profundo do aluno que chumbou, ou do cliente a quem deixou ficar mal. Já para não falar dos riscos de puro prazer, sobretudo de quem anda de autocarro. E isto poderia ir mais longe: as amolgadelas quase diárias dos azelhas de chapéu são imprescindíveis num carro que se preze.
O carro não se quer asséptico, quer-se de acordo com a personalidade do seu proprietário ou detentor. No meu antigo carrão havia livros e papeis por todo o lado. Só recentemente descobri que aquele cheirinho a mofo se devia à papelada. Com sorte, no carro antigo podia até fazer uma cultura de bichinhos de prata.
Normalizei-me, porque muito me chatearam, e passei a ter e a lavar (de vez em quando) um novo carro maricas, que apita para todo o lado. O que é que ganhei com isso? Um carro sem personalidade, onde pode entrar qualquer pessoa civilizada sem que eu me tenha que desculpar pelo desalinho e a sujidade. Mas eu estou-me nas tintas para as pessoas civilizadas. Ando infeliz com tanta limpeza. Vou começar a encher este de livros, para voltar a ter a minha biblioteca ambulante. O cheiro a mofo por certo voltará. Os riscos já estão a fazer-se notar, um aqui, outro ali. Não tardam as amolgadelas.
Por outro lado, porque o tipo apita por tudo e por nada, acabou o prazer de bater no carro de trás e da frente ao estacionar, ou ir em cheio contra uma árvore só pelo gosto de abraçar a natureza.
Para cúmulo, os assentos aquecem a parte superior posterior das coxas, a que os parolos chamam cú, e as costas. No outro dia achei que estava a ser atacada pelos calores do climatério, as costas a suar, um calor a subir pelo Múládhára Chakra ... e não era o despertar da Kundalini, porque ando muito alheada do yôga e já nem sou vegetariana. Abri as janelas, mas nada me aliviava. Sofri como uma desgraçada. Até que descobri que a sacana da carteira, com excesso de carga, estava pousada em cima do botão do aquecimento do assento do condutor. Lá fora estavam 29º graus.
PQP as modernices.
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Saphou e os carros
Álvaro Siza Vieira: Pritzker Prize 1992; RIBA's Gold Medal 2009
Complexo Desportivo Ribera Serrallo, em Cornella de Llobregat, Barcelona.
Um poema de betão.
Temos outros,
como a Avenida dos Aliados, no Porto
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Siza Vieira
Declaração artística
Estou tramada, acumulei trabalho e agora não sei para onde me virar. Pior, continuo sem vontade de trabalhar, apesar de estarem a chover os prazos. Acabo comigo? Ou despeço-me?
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Saphou artista
Cristiano Ronaldo
Quem não tiver preço que atire a primeira pedra ao miúdo. Provavelmente, vai descobrir a borrada que fez, mais tarde ou mais cedo. Mas não lhe pesará muito na carteira.
Madrid e Paris têm muitos atractivos. Além de que a nobreza está, em geral, tesa.
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Paris Hilton,
Real de Madrid,
Ronaldo entra em declínio
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Gostos insolventes
A loja está a falir (gosto mais do termo, até porque duvido que se diga que está a insolver). Podem comprar-se camisas para homem a 5 euros, que antes custavam 40 euros ou mais. Junto-me ao grupo dos urubus. Trouxe-lhe três.
Ele não gostou. Achou que eram grandes demais, que não usava camisas aos quadrados, porque parecia uma toalha de mesa, e as de riscas não lhe agradavam.
-Vem comigo trocar.
-Agora não, vai tu por favor, estou a fazer um raid e não posso sair daqui.
Volto à loja, enfio-me nos caixotes, quase caio de cabeça, até ver alguma coisa que lhe possa servir. O que inicialmente era um prazer, começa a tornar-se num frete.
Reparo num caixote com camisas mais pequenas, lisas, mas acho que ele não vai gostar. Hesito, levo ou não levo destas? A cinzenta até não está mal e a azul também não. Definitivamente, o tipo não vai gostar, não arrisco.
Trago a segunda remessa, com riscas e quadrados, de novo:
-Não gosto, não me serve, não gosto.
Ameaço-o: vens comigo agora mesmo trocar esta porcaria e é a última vez que te compro o que quer que seja. Até porque há lá T-Shirts giras, polos e casacos, podes gostar de outra coisa, nem que sejam boxers ou gravatas. Se não gostares de nada troco por mais coisas para o teu pai, que gostou de todas as camisas que levei.
-Está bem, é só uns minutos para terminar o raid, não posso deixar ficar mal a equipa.
Entramos na loja, vai direito ao caixote das tais camisas que coloquei de lado desde o início.
-Que giras. Quero estas. Uma cinzenta clara, uma azul forte e uma vermelha bordeaux.
Vais levar uma camisa vermelha? Gostas desse azul?
-Qualquer homem deveria ter uma camisa vermelha, observa, sorrindo.
Chega a casa e diverte-se ao espelho. Veste de imediato a dita camisa.
-Olha, pareço um empregado de mesa e com estes colarinhos à anos setenta, um espectáculo. Talvez com uma gravata preta a camisa vermelha ficasse melhor, e ri-se.
À noite, pede se pode ir jogar poker para casa do Sêbas.
-Vem comigo trocar.
-Agora não, vai tu por favor, estou a fazer um raid e não posso sair daqui.
Volto à loja, enfio-me nos caixotes, quase caio de cabeça, até ver alguma coisa que lhe possa servir. O que inicialmente era um prazer, começa a tornar-se num frete.
Reparo num caixote com camisas mais pequenas, lisas, mas acho que ele não vai gostar. Hesito, levo ou não levo destas? A cinzenta até não está mal e a azul também não. Definitivamente, o tipo não vai gostar, não arrisco.
Trago a segunda remessa, com riscas e quadrados, de novo:
-Não gosto, não me serve, não gosto.
Ameaço-o: vens comigo agora mesmo trocar esta porcaria e é a última vez que te compro o que quer que seja. Até porque há lá T-Shirts giras, polos e casacos, podes gostar de outra coisa, nem que sejam boxers ou gravatas. Se não gostares de nada troco por mais coisas para o teu pai, que gostou de todas as camisas que levei.
-Está bem, é só uns minutos para terminar o raid, não posso deixar ficar mal a equipa.
Entramos na loja, vai direito ao caixote das tais camisas que coloquei de lado desde o início.
-Que giras. Quero estas. Uma cinzenta clara, uma azul forte e uma vermelha bordeaux.
Vais levar uma camisa vermelha? Gostas desse azul?
-Qualquer homem deveria ter uma camisa vermelha, observa, sorrindo.
Chega a casa e diverte-se ao espelho. Veste de imediato a dita camisa.
-Olha, pareço um empregado de mesa e com estes colarinhos à anos setenta, um espectáculo. Talvez com uma gravata preta a camisa vermelha ficasse melhor, e ri-se.
À noite, pede se pode ir jogar poker para casa do Sêbas.
Aperalta-se com uma T-Shirt preta e a camisa vermelha aberta, com as mangas arregaçadas.
-Mãe, um tipo tem que se vestir de acordo com a ocasião.
-Mãe, um tipo tem que se vestir de acordo com a ocasião.
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Camisa vermelha
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