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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Depois de ler o post de Funes

vou fazer um retiro espiritual.
Fiquei chocada com a beleza e profundidade do post sobre o Professor Baptista Machado, que tive o privilégio de ter como professor e com quem conversei algumas vezes na FEP. Voltei a recordá-lo.
Também fiquei deprimida, porque sei que ele foi sempre uma pessoa demasiado inteligente para ser feliz. Tinha muita tristeza e desapontamento no olhar vago. Era um génio, um incompreendido.
Funes não contou o que aconteceu com o seu velório. Ainda bem. Fica em segredo.
Posso dizer que Funes acabou com a minha superficial alegria, que toda a semana tenho tentado conquistar, com muita força de vontade. O desalento está sempre à espreita. Logo agora que estava tão divertida como blogger TVI. Resta-me continuar a trabalhar no livro que nunca acaba.
....
Ou talvez não. Fui caminhar para a praia, contra o vento e contra a chuva, sentir o cheiro a maresia, os salpicos das ondas na cara, o sabor a sal nos lábios, os seixos por baixo das botas. Respirei os meus fantasmas, convivi com os meus medos, apanhei búzios, conchas e pequenas pedras coloridas, tirei dezenas de fotografias. Senti-me lavada. Voltei sem pressa. Acho que agora posso retomar o livro sem fim com muito menos angústia. Pelo menos no presente, que é a única coisa que existe.