Pinho excedeu-se. Mas desta vez os cornos saíram-lhe caros. A gaffe do fim da crise, as declarações na China sobre a mão-de-obra barata e agora isto! Quem diria haver uma relação de causalidade adequada entre os cornos, as Minas de Aljustrel e a demissão de ministros? Ainda por cima apoiou os mineiros e criou postos de trabalho. Promoveu a papa Maizena. Converteu-se aos sapatos portugueses numa feira internacional de calçado. E esta é a recompensa. A forma sempre acima do conteúdo. Não vai ser lembrado pelo contributo inegável que teve para as energias renováveis, mas como o ministro que se demitiu porque fez cornos ao Bernardino. As políticas não interessam. Os filhos e netos vão ser gozados na escola, os pais vão-se sentir envergonhados, a mulher vai ver as "amigas" a falar baixinho no cabeleireiro, provavelmente o casal deixará de ser convidado para certas ocasiões, nunca se sabe o gesto estúpido que o homem possa fazer... E tudo por uns míseros corninhos. Ainda se fosse um pirete, um manguito...mas uns tímidos corninhos? Isto nem tem dignidade parlamentar. Há 16 anos, ao menos, Carlos Borrego foi muito mau.
A esta hora deve estar recordar a cabeçada de Zidane, a agressão de João Pinto ao árbitro, o murro de Scolari para salvar o minino...se era para a desgraça, mas valia ir aos cornos ao Bernardino, dass, pensará, já que lhe tinha sussurrado que e o tipo estava tramado. Mas é triste o governo perder o dueto Pino e Lino. E agora não percam a entrevista com Mário Crespo, esse grande jornalista, em tempos sumamente injustiçado por um simples foda-se contextualizado que o levou para o degredo.
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Vejo que substituiram o Mário Crespo pela Senhora. Sad!
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No "Quadratura do Círculo", António Costa está enganado no animal. Insiste que Manuel Pinho sempre se bateu como um Leão.