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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Os velhos

Diziam coisas como “ Viver é sofrer, meu filho” cantavam-nas em fado. Claro que lhes era difícil pronunciar Schopenhauer. Mesmo quando condenavam as condutas marcadas pela sexualidade, não revelavam de onde lhes vinha esse saber. E a nova geração, sedenta de marcas, mais inculta que os velhos do interior, ria, estigmatizava e hoje engole em seco, por reconhecer que pessoas que nunca foram à escola, pessoas que viveram do campo e da natureza, sabiam as bases das principais correntes de filosofia, que eles ignoram e desprezam.

É tarde, não para os velhos, para a geração Socrática, pouco humilde, pouco culta, pouco matemática, comprometida ate aos últimos dias da sua vida na tarefa de moldar os filhos até ao negro das unhas. A geração que não vive se não em função disso, a geração que considera que a sua experiencia é suficiente para evitar as experiencia dos seus descendentes.

A geração que, embora inculta, reles e ambiciosa, deixa nos filhos todo o saber do egoísmo do ser e daí, da centralização do mundo na vontade do homem enquanto ser único, vai nascer o acordo que elevará a filosofia a ciência, e a base fundamental para a progressão da humanidade.