Da mentira e da verdade
Mas afinal onde está a verdade? Existe e brinca ao esconde esconde com a
mentira? Procura-me debaixo da cama, procura-me dentro do armário,
frio, frio,....procura antes atrás dos sofás, morno?...desisto, não a
encontro. E já não me apetece muito brincar ao esconde esconde.
Às
tantas, a verdade não existe e muitas mentiras fazem uma verdade. Então
porque raio é que o meu pai passou a vida a dizer-me para nunca mentir,
porque mentir é tratar o outro como objecto, deixa de haver
comunicação possível. São precisos dois sujeitos para haver diálogo.
Tratar o outro como objecto é escravizá-lo e às tantas o outro passa a
objecto.
Passados tantos anos só vejo gente a mentir, cada vez mais,
desde a mentira piedosa à mentira intencional e maldosa, espalhar o
boato para que se torne uma verdade. E às tantas é verdade....e será que
quem mente está convencido que é verdadeiro...duvido muito... mas se a
verdade for subjectiva?
Pois a minha verdade é que não minto, custe
o que custar, sigo os ensinamentos do meu pai que morreu asfixiado
depois de anos de sofrimento porque a única verdade sobre a qual ninguém
pode mentir é que a morte é para todos.
Ok, não batam mais no
ceguinho, sei que nunca irei longe porque não entro em jogos de mentira e
poder. Não faz parte de mim. Nem que coma o pão que o diabo amassou. A
minha verdade é não mentir. Às tantas estou a mentir a mim própria e a
pensar que é verdade....
Foram estas confissões da Saphou, que anda
um pouco baralhada e chata, que estive a aturar hoje de manhã. Nem me
deixava caminhar aceleradamente contra o vento.
Mas, por falar
nisto, o Pai Natal existe?
sábado, 19 de dezembro de 2015
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Greve dos meus olhos
Estou nisto desde as 8h e não é que os meus olhos se viram contra mim, que não posso estar mais à frente do lap top, que é um abuso, que estão fartos de ecrã. Um deles começa mesmo numa choradeira e fica todo vermelho e recusa-se a ver. Quer a cortina tapada, ou seja, obriga-me a fechá-lo como se estivesse a picar cebolas...e o outro fica solidário com o parceiro, e começa a ameaçar-me...
Isto de ter órgãos que se revoltam contra nós é tramado. Agora estão os dois em greve de zelo, os safados. E não são sindicalizados...
Estou nisto desde as 8h e não é que os meus olhos se viram contra mim, que não posso estar mais à frente do lap top, que é um abuso, que estão fartos de ecrã. Um deles começa mesmo numa choradeira e fica todo vermelho e recusa-se a ver. Quer a cortina tapada, ou seja, obriga-me a fechá-lo como se estivesse a picar cebolas...e o outro fica solidário com o parceiro, e começa a ameaçar-me...
Isto de ter órgãos que se revoltam contra nós é tramado. Agora estão os dois em greve de zelo, os safados. E não são sindicalizados...
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Os livros e eu
Depois de reflectir em meditação (mãos em shiva mudra, sentada de pernas cruzadas) concluo que a minha casa é uma biblioteca, com duas pequenas diferenças: tem acessórios e não tem os livros e as revistas catalogados. Tenho que vasculhar nas prateleiras e nos montes para, no fundo, encontrar o livro que quero. Ok, não deixa de ser exercício físico, mas é chato, gosto pouco de agachamentos. Bahhh!
Depois de reflectir em meditação (mãos em shiva mudra, sentada de pernas cruzadas) concluo que a minha casa é uma biblioteca, com duas pequenas diferenças: tem acessórios e não tem os livros e as revistas catalogados. Tenho que vasculhar nas prateleiras e nos montes para, no fundo, encontrar o livro que quero. Ok, não deixa de ser exercício físico, mas é chato, gosto pouco de agachamentos. Bahhh!
sábado, 27 de junho de 2015
Pasta de dentes
Do divórcio
A maior causa de divórcio, logo a seguir à infidelidade e "ao" os homens são chatos? Abrir parvamente a pasta de dentes. O tubo da pasta de dentes deve ser aberto debaixo para cima, ou seja, abre-se por baixo e vai-se enrolando até não haver pasta. O homem não, parvamente, começa a abrir por cima, e não fecha a tampa. Depois acumula-se pasta seca em cima e a tampa não fecha. Para não mencionar o desperdício de pasta de dentes que acontece quando a abertura parva da pasta de dentes é efectuada. Metade ou mais da pobre da parvamente aberta pasta de dentes fica por utilizar. Bahhh...
A maior causa de divórcio, logo a seguir à infidelidade e "ao" os homens são chatos? Abrir parvamente a pasta de dentes. O tubo da pasta de dentes deve ser aberto debaixo para cima, ou seja, abre-se por baixo e vai-se enrolando até não haver pasta. O homem não, parvamente, começa a abrir por cima, e não fecha a tampa. Depois acumula-se pasta seca em cima e a tampa não fecha. Para não mencionar o desperdício de pasta de dentes que acontece quando a abertura parva da pasta de dentes é efectuada. Metade ou mais da pobre da parvamente aberta pasta de dentes fica por utilizar. Bahhh...
terça-feira, 23 de junho de 2015
São João 2015
Para quem não tem São João
Era a festa dele. Organizava tudo ao pormenor. Desde que eu era pequenina. Nessa altura, fazia ele os balões e o fogo de artifício era mais pobre. O jantar era com a grande família em casa dos avós paternos. A festa era no jardim da casa. Mas era grande a animação.
Muitos anos mais tarde, retomou a tradição, agora para os netos.
Comprava uma dúzia de balões, uns maiores, outros mais pequenos, outros gigantes e fogo de artifício até não mais ter fim.
Jantávamos no restaurante e depois íamos para uma praça lançar os balões e iluminá-la com fogo de artifício. Os miúdos divertiam-se imenso. Desde o tempo em que tinham medo de pegar nos pauzinhos mais inocentes de fogo de artifício, ao tempo em que eles próprios, já com a escola do avô, lançavam os balões e organizavam a artilharia. Entravamos em desgarrada com os outros gupos que se juntavam na praça. O São João era a festa em que ele estava sempre bem disposto, animava toda a gente. Mesmo que na maior parte dos dias do ano estivesse sombrio.
Hoje os netos são grandes, têm as suas festas. Ele morreu. Mas o amor é a saudade que fica. Hoje que a tua viúva, minha mãe, faz anos, vamos brindar a ti, como sempre. Sei que estás connosco.
Amo-te pai. Sempre. Esta é uma história banal, dedico-a a todos os que, por motivos vários, não têm São João vivendo nas cidades onde o mesmo é festejado.
Era a festa dele. Organizava tudo ao pormenor. Desde que eu era pequenina. Nessa altura, fazia ele os balões e o fogo de artifício era mais pobre. O jantar era com a grande família em casa dos avós paternos. A festa era no jardim da casa. Mas era grande a animação.
Muitos anos mais tarde, retomou a tradição, agora para os netos.
Comprava uma dúzia de balões, uns maiores, outros mais pequenos, outros gigantes e fogo de artifício até não mais ter fim.
Jantávamos no restaurante e depois íamos para uma praça lançar os balões e iluminá-la com fogo de artifício. Os miúdos divertiam-se imenso. Desde o tempo em que tinham medo de pegar nos pauzinhos mais inocentes de fogo de artifício, ao tempo em que eles próprios, já com a escola do avô, lançavam os balões e organizavam a artilharia. Entravamos em desgarrada com os outros gupos que se juntavam na praça. O São João era a festa em que ele estava sempre bem disposto, animava toda a gente. Mesmo que na maior parte dos dias do ano estivesse sombrio.
Hoje os netos são grandes, têm as suas festas. Ele morreu. Mas o amor é a saudade que fica. Hoje que a tua viúva, minha mãe, faz anos, vamos brindar a ti, como sempre. Sei que estás connosco.
Amo-te pai. Sempre. Esta é uma história banal, dedico-a a todos os que, por motivos vários, não têm São João vivendo nas cidades onde o mesmo é festejado.
sábado, 9 de maio de 2015
Os likes no Facebook:
Os likes são um fenómeno. Um tipo mete um cão ou um gato tem milhares de
likes. Se for bem relacionado, até basta dizer olá. Um tipo que até se
esforça e escreve bem e tal ,,, mas não é um insider, seja da política
ou do local, não leva com like nenhum, mesmo que seja genial. Os likes
são massajar o ego dos outros ou o próprio ego no mundo virtual. Como
sou budista em evolução quero livrar-me dos likes. Como defensora da
igualdade de direitos, e contra o factor cunha ou lambe
botas, sou contra os likes porque são discriminatórios. Os likes são o
espelho do compadrio, das influências político-económicas ou das
"amizades". Alguém de boas famílias, nascida num local privilegiado e
que nunca saiu daí, basta dizer: que linda saia! para atingir os 90 e
tal likes. O nómada genial está lixado. Não embarco na barca dos likes.
Gil Vicente também não, só há barca do paraíso ou do inferno. NÃO ME
COLOQUEM LIKES. ESTE É UM MANIFESTO ANTI-LIKES.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Trabalhos forçados
O diabinho e o anjo bom!
Fim-de-semana de sol e coisas fantásticas para fazer, e estar sujeita a trabalhos forçados de segunda-feira, digo-te Maria Vaz, é tramado. Escreve e cala-te, não me provoques. Vai passear, segue a máxima "pura vida". Eu dou-te a "pura vida", pá, isto não é a Costa Rica!
Fim-de-semana de sol e coisas fantásticas para fazer, e estar sujeita a trabalhos forçados de segunda-feira, digo-te Maria Vaz, é tramado. Escreve e cala-te, não me provoques. Vai passear, segue a máxima "pura vida". Eu dou-te a "pura vida", pá, isto não é a Costa Rica!
Humilhação II
Humilhação
Alguém já foi humilhado por um médico, em plena consulta, tendo depois que pagar 55 euros?
Nos hospitais públicos os doentes são humilhados diariamente, toda a dignidade lhes é retirada (ressalvadas as excepções, dependentes de quem está de turno, do serviço e do hospital, ou seja, do factor sorte dentro do azar). Eduardo Prado Coelho, por quem nem tinha especial admiração, escreveu uma crónica notável sobre o tema.
Nos hospitais privados, tem dias... quando a minha filha nasceu e parte de mim morreu, uma freira atirou comigo para que eu, contorcida com dores, me virasse. Foi um dos actos crueis que me ficou na memória.
Ser humilhada em hospitais públicos na urgência estou habituada, porque tive que dormir longe de um indivíduo que me assediava e fui humilhada por empregadas grosseiras a quem tive a delicadeza de informar que a casa de banho estava nauseabunda. "Olha-me esta, pensa que está num hotel de 5 estrelas"! Ou por me deixarem 6 horas ensopada e com a bacia totalmente partida, tendo a Excelça médica especialista concluído que que era apenas uma tendinite...enfim...
Agora, ser humilhada numa simples consulta privada, com a duração máxima de 5 minutos, nunca me tinha acontecido.
Sentenciou a médica: - "A senhora é licenciada, tem a obrigação de não se comportar como um cidadão indiferenciado, já cá esteve há seis meses, por isso recuso-me a fazer-lhe qualquer exame". Nem sequer me mediu a tensão, ou auscultou. Nada. Limitou-se a esta frase.
- "São 55 euros", disse a empregada.
Não paguei. Nem pago. Que venha a penhora.
O meu pai foi humilhado muitas vezes nos últimos anos de vida, inclusive foi vítima de negligência médica grosseira. Internado em hospitais sucessivos e várias vezes na Urgência, a humilhação, aliada à consciência de nada poder fazer para a evitar, foram de uma dureza extrema. O meu pai sabia exactamente como ia morrer. Por isso, quis morrer em casa. Ao menos isso conseguimos.
Uma vez que na minha memória ele morre todos os dias 15 e eu espalho as suas cinzas no mar todos os dias 16, em jeito de homenagem, deixo-lhe uma das flores de que mais gosto e que em tempos tivemos no nosso jardim (uma cerejeira florida). Já agora, estendo a homenagem a todos os doentes internados vítimas de humilhação.
Publicada por saphou (copyright protected; todos os direitos reservados).
Alguém já foi humilhado por um médico, em plena consulta, tendo depois que pagar 55 euros?
Nos hospitais públicos os doentes são humilhados diariamente, toda a dignidade lhes é retirada (ressalvadas as excepções, dependentes de quem está de turno, do serviço e do hospital, ou seja, do factor sorte dentro do azar). Eduardo Prado Coelho, por quem nem tinha especial admiração, escreveu uma crónica notável sobre o tema.
Nos hospitais privados, tem dias... quando a minha filha nasceu e parte de mim morreu, uma freira atirou comigo para que eu, contorcida com dores, me virasse. Foi um dos actos crueis que me ficou na memória.
Ser humilhada em hospitais públicos na urgência estou habituada, porque tive que dormir longe de um indivíduo que me assediava e fui humilhada por empregadas grosseiras a quem tive a delicadeza de informar que a casa de banho estava nauseabunda. "Olha-me esta, pensa que está num hotel de 5 estrelas"! Ou por me deixarem 6 horas ensopada e com a bacia totalmente partida, tendo a Excelça médica especialista concluído que que era apenas uma tendinite...enfim...
Agora, ser humilhada numa simples consulta privada, com a duração máxima de 5 minutos, nunca me tinha acontecido.
Sentenciou a médica: - "A senhora é licenciada, tem a obrigação de não se comportar como um cidadão indiferenciado, já cá esteve há seis meses, por isso recuso-me a fazer-lhe qualquer exame". Nem sequer me mediu a tensão, ou auscultou. Nada. Limitou-se a esta frase.
- "São 55 euros", disse a empregada.
Não paguei. Nem pago. Que venha a penhora.
O meu pai foi humilhado muitas vezes nos últimos anos de vida, inclusive foi vítima de negligência médica grosseira. Internado em hospitais sucessivos e várias vezes na Urgência, a humilhação, aliada à consciência de nada poder fazer para a evitar, foram de uma dureza extrema. O meu pai sabia exactamente como ia morrer. Por isso, quis morrer em casa. Ao menos isso conseguimos.
Uma vez que na minha memória ele morre todos os dias 15 e eu espalho as suas cinzas no mar todos os dias 16, em jeito de homenagem, deixo-lhe uma das flores de que mais gosto e que em tempos tivemos no nosso jardim (uma cerejeira florida). Já agora, estendo a homenagem a todos os doentes internados vítimas de humilhação.
Publicada por saphou (copyright protected; todos os direitos reservados).
terça-feira, 3 de março de 2015
IMI para os afundados
Esta gente parece estúpida. Naturalmente que está muito bem que os
habitantes da Aldeia da Luz continuem a pagar IMI pelos terrenos e casas
afundadas. Podem sempre aprender mergulho e criar uma start up de
turismo, ou mesmo explorar os recursos aquáticos: do milho para as
várias espécies do reino marinho. Homessa, não querem pagar!
Pffffffffffffff
domingo, 1 de março de 2015
Festival da Canção
Festival da Canção de 1985, uma injustiça tramada
Bom Dia. Acordei com esta pérola que não me larga: É umbadá, umbadeo, umbadá (repete). Festival da Canção, faz este ano 30 anos. A culpa? é de RAP que me tirou esta coisa do olvido e a fez voltar ao ouvido.
A letra tem muita substância e toda a Europa pode acompanhar o refrão, que na realidade é um mantra extrovertido.
Podiamos fazer um Tratado sobre as questões filosóficas levantadas por umbadá, entre as quais os mantras como forma de oração, o racismo, as relações Portugal/África, a religião, etc.
A injustiçada ficou em 4º lugar, cortaram-lhe as pernas cá. Por isso foi lançado o movimento Umbadá never forget, o UNF. Aviso já que é perigoso ouvir. Depois nao sai da cabeça. Se quiserem arriscar...
O video também levanta a velha questão dos chumaços: chumaços sim ou não? Grandes anos 80!
https://www.youtube.com/watch?v=gFy9hoBj4Us
Bom Dia. Acordei com esta pérola que não me larga: É umbadá, umbadeo, umbadá (repete). Festival da Canção, faz este ano 30 anos. A culpa? é de RAP que me tirou esta coisa do olvido e a fez voltar ao ouvido.
A letra tem muita substância e toda a Europa pode acompanhar o refrão, que na realidade é um mantra extrovertido.
Podiamos fazer um Tratado sobre as questões filosóficas levantadas por umbadá, entre as quais os mantras como forma de oração, o racismo, as relações Portugal/África, a religião, etc.
A injustiçada ficou em 4º lugar, cortaram-lhe as pernas cá. Por isso foi lançado o movimento Umbadá never forget, o UNF. Aviso já que é perigoso ouvir. Depois nao sai da cabeça. Se quiserem arriscar...
O video também levanta a velha questão dos chumaços: chumaços sim ou não? Grandes anos 80!
https://www.youtube.com/watch?v=gFy9hoBj4Us
Androides mal educados
O
meu telefone esperto está a ficar muito mal educado. Não é que me trata
por tu sem ter pedido permissão? Um homem ou um androide só trata uma
senhora por tu se ela der permissão. Não tem um pingo de etiqueta este
androide. Ainda mais, sendo moi dona dele. Vou ponderar se o atiro à
parede.
domingo, 22 de fevereiro de 2015
Grécia? Pfffffffffffffff
OK. Eu conto. Estou em Atenas poluída, é sexta-feira, só há carros de matrícula par. Senão não se respira naquela (pi). Época recente, mas era pré-eBay. Acabou a conferência. Entro numa fancy shop. Vou comprar uma Louis Vuitton. Porquê? Porque faz parte do sonho bacoco da classe média em vias de extinção. Nem gosto delas, sequer. Prefiro a Bimba y Lolla, tem mais salero.
Enfim, como não há preços (montra em execução?) pergunto ao Oikos Panatinaikus, que simpaticamente me atende, o preço. Uiiiiiiiiiiii! Não andei a roubar bancos, nem mesmo a caixa das esmolas de todas as Igrejas de Braga.
Não obrigada. Mas o gajo insiste. Não posso, no money no vice, como dizem em Portugal. Hasta luego...preparo-me para sair e ele chama-me e leva-me pela mão para um local mais secreto (mas os 50 momentos... ainda não tinham sido escritos, nem havia 47.000 portugueses otários a fazer fila para a estreia e a comprar bilhetes no OLX, pelo triplo do bilhete).
Não se preocupe, diz o Oikos. Temos estas aqui. Nem se nota a diferença e custam um quarto do preço. São replicas perfeitas aqui da Turquia. Mas vocês não são os representantes da Louis Vuitton aqui em Atenas? Sim, mas não importa, desde que eles não saibam. E sorri. Não é perfeita? 200 euros, só por ser tão simpática. We have a deal. Ok. Mas só em dinheiro e sem recibo. Claro, no problemo. Levo duas.
Depois a recepcionista do hotel, que se está a ver grega, conta-me que é usual não participar os óbitos para continuarem a receber o fundo de desemprego e também que a ligação directa a electricidade da rua é prática corrente.
Ser assim aldrabão e não pagar faz parte da nossa maneira de estar na vida, é genético. Muitas pessoas podem pagar as contas, mas não o fazem, acrescenta.
Por isso, não me venham com merdas e tentar comparar os gregos com os portugueses, nós somos os palermas que dobram o pijaminha e estão na fila da frente a levantar a mão para responder ao Prof. que queria que o deixassem dormir.
A Grécia está-se a ver grega porque é a Grécia. E ainda por cima ganharam-nos no Euro 2004. Twice. Bastards!
Esperemos que não arraste toda a gente na arca das alianças com a extrema-direita. Lembrem-se da história recente, 39-45.
E agora Bom Dia para Vossas Mercês porque aqui a Maria tem que se levantar porque pica o ponto às 8h 30m. Mais uma directa. Já pareço a Mrs Adams.
Mais tarde espero contar como os chineses aceitam devoluções em 15 dias no comércio à distância. Hilariante.
Não muito editado porque não estou para isso e faço parte da tertulia da vírgula, onde só há uma regra: não separar com vírgula o sujeito do predicado. E viva a rebaldaria e que reine a anarquia.
Agora vou para o Paraíso.
E a Grécia? A Grécia, à parte as ruínas de uma grande civilização, traduz-se em queijo de cabra cortado aos bocados, oliveiras, azeitonas,alface duvidosa e ruínas. Típica contretização da quarta ou quinta geração de uma família ilustre e culta.
O avô era um respeitado e culto filósofo.
O filho continuou a seguir a trilha do pai, mas numa versão diferente. Passou de pitagórico a epicurista.
O neto começou a delapidar o património. O bisneto viveu dos rendimentos que restaram porque o neto quinou de peste bubónica ainda aos 19 e o trisneto fuma marijuana desde os 7 anos e aos 15 é um criminoso viciado no crack. Será que o quadrineto vai salvar esta merda? A coisa é cíclica...Perguntem a um vidente. Mas, nas familias é normal aparecer um redemptor. PODEMOS? no me preguntes a mi!
OK. Eu conto. Estou em Atenas poluída, é sexta-feira, só há carros de matrícula par. Senão não se respira naquela (pi). Época recente, mas era pré-eBay. Acabou a conferência. Entro numa fancy shop. Vou comprar uma Louis Vuitton. Porquê? Porque faz parte do sonho bacoco da classe média em vias de extinção. Nem gosto delas, sequer. Prefiro a Bimba y Lolla, tem mais salero.
Enfim, como não há preços (montra em execução?) pergunto ao Oikos Panatinaikus, que simpaticamente me atende, o preço. Uiiiiiiiiiiii! Não andei a roubar bancos, nem mesmo a caixa das esmolas de todas as Igrejas de Braga.
Não obrigada. Mas o gajo insiste. Não posso, no money no vice, como dizem em Portugal. Hasta luego...preparo-me para sair e ele chama-me e leva-me pela mão para um local mais secreto (mas os 50 momentos... ainda não tinham sido escritos, nem havia 47.000 portugueses otários a fazer fila para a estreia e a comprar bilhetes no OLX, pelo triplo do bilhete).
Não se preocupe, diz o Oikos. Temos estas aqui. Nem se nota a diferença e custam um quarto do preço. São replicas perfeitas aqui da Turquia. Mas vocês não são os representantes da Louis Vuitton aqui em Atenas? Sim, mas não importa, desde que eles não saibam. E sorri. Não é perfeita? 200 euros, só por ser tão simpática. We have a deal. Ok. Mas só em dinheiro e sem recibo. Claro, no problemo. Levo duas.
Depois a recepcionista do hotel, que se está a ver grega, conta-me que é usual não participar os óbitos para continuarem a receber o fundo de desemprego e também que a ligação directa a electricidade da rua é prática corrente.
Ser assim aldrabão e não pagar faz parte da nossa maneira de estar na vida, é genético. Muitas pessoas podem pagar as contas, mas não o fazem, acrescenta.
Por isso, não me venham com merdas e tentar comparar os gregos com os portugueses, nós somos os palermas que dobram o pijaminha e estão na fila da frente a levantar a mão para responder ao Prof. que queria que o deixassem dormir.
A Grécia está-se a ver grega porque é a Grécia. E ainda por cima ganharam-nos no Euro 2004. Twice. Bastards!
Esperemos que não arraste toda a gente na arca das alianças com a extrema-direita. Lembrem-se da história recente, 39-45.
E agora Bom Dia para Vossas Mercês porque aqui a Maria tem que se levantar porque pica o ponto às 8h 30m. Mais uma directa. Já pareço a Mrs Adams.
Mais tarde espero contar como os chineses aceitam devoluções em 15 dias no comércio à distância. Hilariante.
Não muito editado porque não estou para isso e faço parte da tertulia da vírgula, onde só há uma regra: não separar com vírgula o sujeito do predicado. E viva a rebaldaria e que reine a anarquia.
Agora vou para o Paraíso.
E a Grécia? A Grécia, à parte as ruínas de uma grande civilização, traduz-se em queijo de cabra cortado aos bocados, oliveiras, azeitonas,alface duvidosa e ruínas. Típica contretização da quarta ou quinta geração de uma família ilustre e culta.
O avô era um respeitado e culto filósofo.
O filho continuou a seguir a trilha do pai, mas numa versão diferente. Passou de pitagórico a epicurista.
O neto começou a delapidar o património. O bisneto viveu dos rendimentos que restaram porque o neto quinou de peste bubónica ainda aos 19 e o trisneto fuma marijuana desde os 7 anos e aos 15 é um criminoso viciado no crack. Será que o quadrineto vai salvar esta merda? A coisa é cíclica...Perguntem a um vidente. Mas, nas familias é normal aparecer um redemptor. PODEMOS? no me preguntes a mi!
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