quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A Flor Que Nos Resta

Amanhece a montanha banhada por gotículas de orvalho
Marulha o rio segredos aos molhos ao insuspeito alecrim
Calça o sopé a frescura espelhada no muro ténue de um tempo
Que enche a alma das gentes e ritualiza o óbito da azáfama

De seda e de sol veste a floresta de cor e de sorte

Andorinhas de talhe curado e alegre
Com que se traja a vida e a morte
Depois do sal e do vento agreste

Das brumas do ido tempo primaveril
Bafeja o vento, a nuvem e o desnorte
Esvoaçam estilhaços de dor pueril
Gritos e vozes ladeados de má sorte

São vezes de mais as vezes em que a voz nos grita de dentro
Embustes os sonhos esmagados em céus incandescentes

Infinitas as horas de ardência pungente
Em sepultadas tardes de lânguidas sestas florais

São vezes de menos as vezes em que grita a floresta
Promessas que alteiem a vontade estoicamente
Querenças reencontradas florescendo na estepe do sentimento
Reerguendo a flor que não se foi e que nos resta

8 comentários:

privada disse...

Eu gostei, mas se a Mac cá vem da vos dois gritos, kero ver :-))))))))))

Blimunda disse...

Maaaaaaaaaaaaaac, amanda daí esses dois gritos que eu também quero ver.

Saphouuuuuuuuuuu, onde andas tu?

saphou disse...

estou doente, porra
está um espectáculo!

saphou disse...

doi-me tudo

saphou disse...

ainda vem a Alexia Mac e levo um bode por me queixar

Blimunda disse...

Ah pois, com a Alexia é "auguenta" e cara alegre. Mas olha, isso só pode ser uma gripe. Nada que uns Brufens, caldinhos de galinha e caminha durante dois dias não resolva.

mac disse...

não sei que dizer, meninos. Quer dizer, eu sei que sou um bocado rude...

Bli, gostei, capta a natureza, acho

As melhoras, Saphou

Bj, Privada

saphou disse...

Sou alégica a Brufen, mulher

Obd querida Mac.