sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A minha mãe mata-me

O adolescente foi até Paris, já tinha apanhado a gripe A e já...foi para uma daquelas simulações inúteis das assembleias da UN que o presidente da ERC sempre acarinhou na Universidade. Representante de Cuba, que lhe coube em sorteio, foi adequadamente vestido com fato às riscas, gravata vermelha, chapéu e charuto. Não encontrei um uniforme à Fidel Castro na Zara. Colocou, contudo, umas medalhas e disse que ia dar show. Aliás, já tem fama, quer represente a Coreia do Norte, do Sul, a Austrália, ou a Rússia. Por isso o escolheram.
Uma representante das Honduras, na última assembleia em Braga, ficou impressionada porque cheirava tão bem, era tão bonito e falava com um tom tão superior de agressividade, que não descansou enquanto não conseguiu um grupo em que fossem todos ao cinema e ele se sentasse ao lado dela. Apesar da jovem ser modelo, ele declarou que era feia, tinha cara de cavalo, óculos de mosca e uma pronúncia horrível. Afastou a jovem promissora modelo Núria para sempre.

-O avião já partiu? Pergunta a avó preocupada
-Já partiu e já chegou, caso contrário o tipo estaria transformado em anjinho, respondo.
-Mas eu não o ouvi partir.
-Talvez porque o aeroporto fique a uns 20 km de distância?!
-Mas às vezes ouço os aviões a passar por aqui, e não ouvi o dele.
-Pois, mas esses vão para sul, Paris é para norte. Muito para norte, tão para norte que nunca mais el Comandante Castro deu notícias. E mantém-se incontactável.

1 comentário:

privada disse...

hahahahahhahahhaha, brutal, brutal. Pah tao pa norte ke nunca mais deu noticias. :-)))))))