Saphou, desculpe lá mas isso são tontices. Ninguém tem responsabilidades na nossa vida além de nós próprios e isso é que está certo.
Tenho pena do homem, isso tenho. Preferiu o alívio rápido em vez da longa luta... Não é culpa dele mas que era fraco, era. Custa muito mais ficar vivo e dançar a música.
Estava doente Mac, sofria de uma forte depressão.Quem passa por uma depressão, que é uma doença, merece todo o apoio. Uns são mais fortes do que outros, mas estão doentes. Se um tipo parte uma perna, coitadinho e tal, como a depressão não se vê, mas faz sofrer incomparavelmente mais e chateia os outros, enfim...era fraco. Não concordo consigo, mesmo.
Henke sofreu a morte de uma filha, Henke tinha que esconder a depressão profunda em que vivia, ninguém tem o direito de o criticar, nem mesmo Mac, que admiro profundamente. Nem parece seu, desculpe.
Concordo com a Mac mas também concordo com a Saphou. Temos, portanto, um exemplo de que nem tudo é preto e branco. Já com Hasre não concordo. Temos o direito de criticar, sim senhor, e até de louvar aqueles a quem roubam filhos, a quem matam filhos, a quem a vida não dá senão uma ou outra alegria timidamente naufragada num mar de tristezas e que nada mais tendo onde se agarrar, inventam tábuas de salvação dessas nano alegrias e fazem delas um arrail de vida. Há outros que não têm essa capacidade. Serão fracos? Não sei. São diferentes.
Desculpem, tenho andado enredada em outras guerras, ladronas de tempo.
Saphou, eu compreendo e simpatizo, a sério que sim. E tenho muita pena do rapaz, que eu saiba nunca fez mal a ninguém, o que não é nada de desprezar. Mas não assumo a culpa. Se pudesse ajudar ajudaria mas não tendo ajudado, não assumo a culpa da morte de quem não aguenta sozinho a dança cruel de estar vivo. E isto não tem nada a ver com cegueira, faça-me a justiça de saber ver para além do gesso - podia ter partido as 2 pernas e ver fugir todos os seus planos de futuro - continuo a não assumir a culpa. Todos nós temos as nossas dores, e são nossas, não são dos outros.
Se calhar sou má, mas sou mesmo assim.
hashre, não lamento a sua desilusão, lamento sempre e muito, a ilusão; ainda bem que me vê como sou (ou não?). No entanto, acho que não me fiz entender: nunca na minha vida critiquei o rapaz (e quem sou eu para criticar quem quer que seja?), o que critico fortemente é a opção de - em vez de lamentar a fraqueza de alguém que não é capaz de enfrentar a música - culpar todos os outros por não se terem oferecido como par no baile.
Bli, aprendi recentemente a não temer as palavras - são fracos. O que não quer dizer que sejam pior que nós, note-se (desculpa, mas isto nem sempre é claro para toda a gente). E eu tenho pena, juro que não estou a brincar, tenho tanta pena! Mas não assumo a responsabilidade. Não é minha, desculpem.
7 comentários:
Saphou, desculpe lá mas isso são tontices. Ninguém tem responsabilidades na nossa vida além de nós próprios e isso é que está certo.
Tenho pena do homem, isso tenho. Preferiu o alívio rápido em vez da longa luta... Não é culpa dele mas que era fraco, era. Custa muito mais ficar vivo e dançar a música.
Estava doente Mac, sofria de uma forte depressão.Quem passa por uma depressão, que é uma doença, merece todo o apoio. Uns são mais fortes do que outros, mas estão doentes. Se um tipo parte uma perna, coitadinho e tal, como a depressão não se vê, mas faz sofrer incomparavelmente mais e chateia os outros, enfim...era fraco. Não concordo consigo, mesmo.
Os que conseguem ficar vivos e dançar a dança devem agradecer a Deus, ao Universo, ao Anjos, a quem quer que seja, e a eles próprios, a sorte que têm.
Henke sofreu a morte de uma filha, Henke tinha que esconder a depressão profunda em que vivia, ninguém tem o direito de o criticar, nem mesmo Mac, que admiro profundamente. Nem parece seu, desculpe.
Concordo com a Mac mas também concordo com a Saphou. Temos, portanto, um exemplo de que nem tudo é preto e branco. Já com Hasre não concordo. Temos o direito de criticar, sim senhor, e até de louvar aqueles a quem roubam filhos, a quem matam filhos, a quem a vida não dá senão uma ou outra alegria timidamente naufragada num mar de tristezas e que nada mais tendo onde se agarrar, inventam tábuas de salvação dessas nano alegrias e fazem delas um arrail de vida. Há outros que não têm essa capacidade. Serão fracos? Não sei. São diferentes.
Leia-se - arraial.
Desculpem, tenho andado enredada em outras guerras, ladronas de tempo.
Saphou, eu compreendo e simpatizo, a sério que sim. E tenho muita pena do rapaz, que eu saiba nunca fez mal a ninguém, o que não é nada de desprezar.
Mas não assumo a culpa.
Se pudesse ajudar ajudaria mas não tendo ajudado, não assumo a culpa da morte de quem não aguenta sozinho a dança cruel de estar vivo.
E isto não tem nada a ver com cegueira, faça-me a justiça de saber ver para além do gesso - podia ter partido as 2 pernas e ver fugir todos os seus planos de futuro - continuo a não assumir a culpa. Todos nós temos as nossas dores, e são nossas, não são dos outros.
Se calhar sou má, mas sou mesmo assim.
hashre, não lamento a sua desilusão, lamento sempre e muito, a ilusão; ainda bem que me vê como sou (ou não?).
No entanto, acho que não me fiz entender: nunca na minha vida critiquei o rapaz (e quem sou eu para criticar quem quer que seja?), o que critico fortemente é a opção de - em vez de lamentar a fraqueza de alguém que não é capaz de enfrentar a música - culpar todos os outros por não se terem oferecido como par no baile.
Bli, aprendi recentemente a não temer as palavras - são fracos. O que não quer dizer que sejam pior que nós, note-se (desculpa, mas isto nem sempre é claro para toda a gente). E eu tenho pena, juro que não estou a brincar, tenho tanta pena! Mas não assumo a responsabilidade. Não é minha, desculpem.
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