domingo, 15 de novembro de 2009

Goodbye Robert Enke, R.I.P.


7 comentários:

mac disse...

Saphou, desculpe lá mas isso são tontices. Ninguém tem responsabilidades na nossa vida além de nós próprios e isso é que está certo.

Tenho pena do homem, isso tenho. Preferiu o alívio rápido em vez da longa luta... Não é culpa dele mas que era fraco, era. Custa muito mais ficar vivo e dançar a música.

saphou disse...

Estava doente Mac, sofria de uma forte depressão.Quem passa por uma depressão, que é uma doença, merece todo o apoio. Uns são mais fortes do que outros, mas estão doentes. Se um tipo parte uma perna, coitadinho e tal, como a depressão não se vê, mas faz sofrer incomparavelmente mais e chateia os outros, enfim...era fraco. Não concordo consigo, mesmo.

saphou disse...

Os que conseguem ficar vivos e dançar a dança devem agradecer a Deus, ao Universo, ao Anjos, a quem quer que seja, e a eles próprios, a sorte que têm.

hashre disse...

Henke sofreu a morte de uma filha, Henke tinha que esconder a depressão profunda em que vivia, ninguém tem o direito de o criticar, nem mesmo Mac, que admiro profundamente. Nem parece seu, desculpe.

Blimunda disse...

Concordo com a Mac mas também concordo com a Saphou. Temos, portanto, um exemplo de que nem tudo é preto e branco. Já com Hasre não concordo. Temos o direito de criticar, sim senhor, e até de louvar aqueles a quem roubam filhos, a quem matam filhos, a quem a vida não dá senão uma ou outra alegria timidamente naufragada num mar de tristezas e que nada mais tendo onde se agarrar, inventam tábuas de salvação dessas nano alegrias e fazem delas um arrail de vida. Há outros que não têm essa capacidade. Serão fracos? Não sei. São diferentes.

Blimunda disse...

Leia-se - arraial.

mac disse...

Desculpem, tenho andado enredada em outras guerras, ladronas de tempo.

Saphou, eu compreendo e simpatizo, a sério que sim. E tenho muita pena do rapaz, que eu saiba nunca fez mal a ninguém, o que não é nada de desprezar.
Mas não assumo a culpa.
Se pudesse ajudar ajudaria mas não tendo ajudado, não assumo a culpa da morte de quem não aguenta sozinho a dança cruel de estar vivo.
E isto não tem nada a ver com cegueira, faça-me a justiça de saber ver para além do gesso - podia ter partido as 2 pernas e ver fugir todos os seus planos de futuro - continuo a não assumir a culpa. Todos nós temos as nossas dores, e são nossas, não são dos outros.

Se calhar sou má, mas sou mesmo assim.

hashre, não lamento a sua desilusão, lamento sempre e muito, a ilusão; ainda bem que me vê como sou (ou não?).
No entanto, acho que não me fiz entender: nunca na minha vida critiquei o rapaz (e quem sou eu para criticar quem quer que seja?), o que critico fortemente é a opção de - em vez de lamentar a fraqueza de alguém que não é capaz de enfrentar a música - culpar todos os outros por não se terem oferecido como par no baile.

Bli, aprendi recentemente a não temer as palavras - são fracos. O que não quer dizer que sejam pior que nós, note-se (desculpa, mas isto nem sempre é claro para toda a gente). E eu tenho pena, juro que não estou a brincar, tenho tanta pena! Mas não assumo a responsabilidade. Não é minha, desculpem.