POEMA DA AUTO-ESTRADA
(de António Gedeão, declamado por Mofina)
...
Voando vai para a praia
Leonor na estrada preta
Vai na brasa de lambreta.
...
Leva calções de pirata,
Vermelho de alizarina
modelando a coxa fina
de impaciente nervura.
Como guache lustroso,
amarelo de indantreno
blusinha de terileno
desfraldada na cintura.
...
Fuge, fuge, Leonoreta.
Vai na brasa de lambreta.
Agarrada ao companheiro
na volu'pia da escapada
pincha no banco traseiro
em cada volta da estrada.
Grita de medo fingido,
que o receio nao e' com ela,
mas por amor e cautela
abraça-o pelo cintura.
Vai ditosa, e bem segura.
...
Como rasgão na paisagem
corta a lambreta afiada,
engole as bermas da estrada
e a rumorosa folhagem.
Urrando, estremece a terra,
bramir de rinoceronte,
enfia pelo horizonte
como um punhal que enterra.
Tudo foge 'a sua volta,
o ceu, as nuvens, as casas,
e com os bramidos que solta
lembra um demonio com asas.
...
Na confusão dos sentidos
já nem percebe, Leonor,
se o que lhe chega aos ouvidos
sao ecos de amor perdidos
se os rugidos do motor.
...
Fuge, fuge, Leonoreta
Vai na brasa de lambreta.
...
Bem que a Leanor da verdura apreciaria mais esta versão.
Está tudo muito erótico por aqui hoje. Menos eu.
21 comentários:
Há aqui uma coisa que me fez, e continua a fazer, alguma confusão mental. Como é que sabias, Privada, que a Mofina andava a dar voltas de lambreta? Essa é que é essa. Conta, vá.
Nao posso.
Ooooooooooooooooooohhh...
Blimunda, não sejais cusca, dedico-te o post acima.
Não acredito, este poema é ANTÓNIO GEDEÃO!!!!!!!!
Por favor, o seu a seu dono...
Não se pode dormir sossegada, buá, ainda sou acusada de plágio só porque acelerei na lambreta...
Please...
Bem feita Para apróxima faça favor de referenciar o autor. Sua plagiadora! Hehehe! Agora aguenta que a Saphou ainda está a dormir e eu é que não a vou acordar sob pena de levar uma cachaporrada na tola.
ó da casa, estou aflita!
POEMA DA AUTO-ESTRADA
(António Gedeão)
Voando vai para a praia
Leonor na estrada preta
Vai na brasa de lambreta.
Leva calções de pirata,
Vermelho de alizarina
modelando a coxa fina
de impaciente nervura.
Como guache lustroso,
amarelo de indantreno
blusinha de terileno
desfraldada na cintura.
Fuge, fuge, Leonoreta.
Vai na brasa de lambreta.
Agarrada ao companheiro
na volu'pia da escapada
pincha no banco traseiro
em cada volta da estrada.
Grita de medo fingido,
que o receio nao e' com ela,
mas por amor e cautela
abraça-o pelo cintura.
Vai ditosa, e bem segura.
Como rasgão na paisagem
corta a lambreta afiada,
engole as bermas da estrada
e a rumorosa folhagem.
Urrando, estremece a terra,
bramir de rinoceronte,
enfia pelo horizonte
como um punhal que enterra.
Tudo foge 'a sua volta,
o ceu, as nuvens, as casas,
e com os bramidos que solta
lembra um demonio com asas.
Na confusão dos sentidos
já nem percebe, Leonor,
se o que lhe chega aos ouvidos
sao ecos de amor perdidos
se os rugidos do motor.
Fuge, fuge, Leonoreta
Vai na brasa de lambreta.
:-))))))))))))))))))))))
Quem ia imaginar que o Antonio fizesse poemas desses, hahahahahha, tu nao sabes Mofina que nós somos uns ignorantes em literatura portuguesa?
:-)))))))))))))))))~
Oh pá lamento os meus poderes sao limitados, só posso fazer 3 post´s por dia, de no maximo 500 caracteres, só sou livre nos comentários, nao posso entrar no quarto da Saphou, mas nao te preocupes, tbm ninguem lÊ, só somos nós os conhecidos, :-))))))
Ate porque, minha querida Mofina, esta semana só parlo fracois, o meu convidado est le monsuier Balzac, la comédie humaine, la ra lar la ra la ra
Holalala! Le français, le français, la vie en rose, la bohéme...J'adore la France.
Queres que ponha a Piaf no gira discos? Non, je ne regrette rien, non,est payé, balayé, oublié,
je me fous du passeeeeeeeeeeeeee.
Não, que a Saphou ainda me parte a grafonola, a Piaf era meio careca, ela fica já deprimida.
Piaf logo á noite, com uns brindes, ohhhhhhhhhhhh je me fous do passeeeeeeeee
Ainda bem k desta vez nada tive a ver com isto, vou ficar aqui caladinho.
ni le bien qu'on m'a fait,
ni le mal, tout ça m'est bien égaaaaaaal.
Meu, tás sempre feito. Ainda que a culpa não seja tua, há que desancar alguém. Topas?! Piaf? Hummm, Bécaud, Aznavour, por aí...e um tinto bairradino maduro, ok?!
Privada, já agora, porque me provocaste com o comentário da lambreta? É que não resisto a um bom speed...
Acabei de chegar à conclusão que Privada é um espião. Mac, afinal o bruxo é ele e não eu. Que eu atiro e cola mas ele...premonições? Dass, que é isto?
Merci beaucoup!
Nopes, o privada é bom rapaz mas não tem o Dom. Sorte a dele
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