É uma área difícil, não haja dúvidas, 5 anos a formar indivíduos já adultos, a capacita-los que merecem ser tratados com respeito, a impor multas por piropos e trabalho de rabo ou peito ao leu, a sintonizar-lhes o rádio noutras estações, a dar-lhes palestras entediantes sobre os malefícios do álcool, a fazer jantares de Natal em que se passam vídeos e factos da obra. E, ao fim, viva o sedentarismo.
É olhar para eles e pensar, que grande merda, criamos uma equipa de funcionários públicos.
Os seus filhos já estão na Universidade, na privada, na pública, e muitos deles só trabalham por causa disso, para que os filhos tenham um canudo e um emprego para a vida, os pressupostos estão errados, falhamos em alguma coisa.
O seu trabalho é uma arte, mas é difícil falar disso, faze-los entender. De que lhes serve a arte se vivem rodeados de pessoas que não trabalham, que vivem de subsídios e alguns têm mais bens que eles, como mentaliza-los de que vale a pena, se nem os Doutores Portugueses conseguem entender isso.
Eram tão maus os empreiteiros que construíram casas que têm 200 e 300 anos, tão maus, que a evolução levou à sua extinção, hoje querem um picheleiro e não há, um pedreiro e não há. Não há quem forme, não há quem incentive, há quem construa sem outra qualquer responsabilidade.
Acontecerá o mesmo aos professores em breve, já aconteceu aos políticos. Veremos como Portugal se safa, mas os empreiteiros são apenas a ilustração do gosto que este país tem pelo trabalho. A ilustração dos Donos da Obra que preferem o biscateiro, que querem fugir aos impostos, que querem uma tela, quando o telhado tem que ser novo, que querem um beliche, um predio alto, sem sequer pensar na manutenção.
Os Donos da Grande Obra moral portuguesa das profissões sem mérito, dos trabalhos sem prestígio, do snobismo de alcofa, da pretensão de julgar os outros, todos os outros, sem atender às reais condições que proporcionam e motivam o julgamento.
Olé Portugal!
É olhar para eles e pensar, que grande merda, criamos uma equipa de funcionários públicos.
Os seus filhos já estão na Universidade, na privada, na pública, e muitos deles só trabalham por causa disso, para que os filhos tenham um canudo e um emprego para a vida, os pressupostos estão errados, falhamos em alguma coisa.
O seu trabalho é uma arte, mas é difícil falar disso, faze-los entender. De que lhes serve a arte se vivem rodeados de pessoas que não trabalham, que vivem de subsídios e alguns têm mais bens que eles, como mentaliza-los de que vale a pena, se nem os Doutores Portugueses conseguem entender isso.
Eram tão maus os empreiteiros que construíram casas que têm 200 e 300 anos, tão maus, que a evolução levou à sua extinção, hoje querem um picheleiro e não há, um pedreiro e não há. Não há quem forme, não há quem incentive, há quem construa sem outra qualquer responsabilidade.
Acontecerá o mesmo aos professores em breve, já aconteceu aos políticos. Veremos como Portugal se safa, mas os empreiteiros são apenas a ilustração do gosto que este país tem pelo trabalho. A ilustração dos Donos da Obra que preferem o biscateiro, que querem fugir aos impostos, que querem uma tela, quando o telhado tem que ser novo, que querem um beliche, um predio alto, sem sequer pensar na manutenção.
Os Donos da Grande Obra moral portuguesa das profissões sem mérito, dos trabalhos sem prestígio, do snobismo de alcofa, da pretensão de julgar os outros, todos os outros, sem atender às reais condições que proporcionam e motivam o julgamento.
Olé Portugal!
14 comentários:
Há empreiteiros bem aldrabões. Eu acertei num quando fiz obras aqui na casa 2 por 2. Era pai da secretária de um tipo que eu conheço. Arranjei uma equipa: empreiteiro e arquitecto, mas o Senhor Sousa, que me continua a merecer toda a confiança, para fazer os móveis da cozinha e casa de banho.
Quando dei por ela, muitos meses depois da data de entrega da obra, tive que remodelar tudo: para ir à sanita um tipo mais forte tinha que ir de lado, porque senão ia contra o chuveiro ou o lavatório; deram cabo do cilindro, que passou a verter durante anos; um cheiro nauseabundo começou a vir de uma casa de banho, porque se tinham esquecido de colocar o cifão no lavatório; os fungos voltaram ao seu habitat nos tectos onde viviam antes e quanto ao salitre, não sai minha senhora, não há nada a fazer.
Há empreiteiros e empreiteiros. Como em tudo. Eu ando sempre de acordo com a lei de Murphy.
A minha vizinha tem uma casa impecavelemente restaurada e só contratou o pintor, o picheleiro e o electricista. Prescindiu dos outros e gastou menos de metade do que eu.Ora bolas!
Valeu-me a obra estar dentro dos prazos de reclamção...mas mesmo assim ainda tive que recorrer a terceiros para resolverem o problema e o empreiteiro até hoje não me reembolsou dessas despesas acrescidas.
Quanto ao arquitecto, foi uma chatice, até eramos amigos.
Obras, jamais!
Uma ressalva para o Senhor Sousa, o melhor carpinteiro que existe, ele e o filho, pelo menos no norte de Portugal, se bem que ele também tenha muitos clientes em Lisboa e Algarve.
Depende Saphou, vejamos há empreteiros que dizem assim
- Ok minha senhora isso é o topo da Rocca mas não cabe aqui, e para "caber" a sanita não fica sinfonada, o k prefere o alto modelo, ou cheiro + vazamentos para o andar de baixo e bichinhos pequeninos a voar?.
- E a senhora grita, mas eu quero este modelo, eu quero!!!!!
:-)))
Salitre esquece, casa de pedra, fazes assim metes pladur separado da parede, dura 5 aninhos ou mais, mas reboco, esquece, no Porto impossivel...
Nao digo que nao os há, claro que há, às vezes só apetece cair-lhe ao estalo pela desonra à profissão , mas isso de que falas nao me parece um empreiteiro e a tua vizinha fez uma pintura, meteu umas tomaditas, falta-lhe fazer o geral não?
Carpinteiro bom é um achado, gosto desses artesanais
Não, até mudou a canalização toda ,como eu, e deitou paredes abaixo, como eu, só que não teme, como eu, que os canos rebentem a qualquer momento, dada a competência do meu empreiteiro e sua equipa, recomendado como especialista na recuperação de casas antigas, inclusive na Ribeira.
Ora Saphou, com a nata da nata em casa e vais-me recorrer a terceiros! Franchement!
Isto foi há 3 anos, sabia lá que tinha a nata da nata em casa, nem tinha casa...
O minha querida Saphou, amo-te, amo-te, amo-te, tu tbm gostas de casas restauradas? Ei estou msm no meu meio ambiente, espero nao ter sido eu o tonto que fez a obra :-))))))
Ah espera vives de medo, mas eles ainda nao rebentaram e uns fungozitos o que é isso, para quem vive numa casa antiga, Saphou tu ves tudo pelo lado negativo, francamente, o prazer de viver numa casa antiga reside um pouco nisso, imagina k tinhas os msm problemas num andarzeco, era mil vezes pior.
Voy hacer la siesta.besos a todos. Hasta mañana.
Lamento a desilusão, mas é um andarzeco restaurado, que é tão pequeno que ficava lindo era em open space e com janelas à casa de Serralves. ;)
Ai quem me dera um andarzeco desses. A esta hora não tinha o médio direito com uma bolha enorme da tesoura de podar.
Os Saphous são uns gastadores, tal como os seus reais antepassados no tempo dos Descobrimentos. Deviam ser todos inabilitados por prodigalidade. Por isso, nobres mas tesos, têm como jardim os parques da cidade e como piscina o o atlântico. Até a casa de família foi abaixo com o tempo. E era linda. A única Saphou que se safou foi a prima Saphou, a Bela, que teve o bom senso de casar com um Comandante da TAP e comprou e restaurou uma belisssima casa em São João do Estoril, com direito a jardim, piscina e horta.
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