"À medida que aumenta o poderio de uma sociedade, assim esta dá menos importância às faltas dos seus membros, porque já lhes não parecem perigosas nem subversivas; (...)
O credor humanizou-se conforme foi enriquecendo; como que no fim, a sua riqueza mede-se pelo número de prejuízos que pode suportar. E até se concebe uma sociedade com tal consciência do seu poderio, que se permite o luxo de deixar impunes os que a ofendem. «Que me importam a mim esses parasitas? Que vivam e que prosperem;...»
O credor humanizou-se conforme foi enriquecendo; como que no fim, a sua riqueza mede-se pelo número de prejuízos que pode suportar. E até se concebe uma sociedade com tal consciência do seu poderio, que se permite o luxo de deixar impunes os que a ofendem. «Que me importam a mim esses parasitas? Que vivam e que prosperem;...»
A justiça, que começou a dizer: «tudo pode ser pago e deve ser pago» é a mesma que, por fim, fecha os olhos e não cobra as suas dívidas e se destrói a si mesma como todas as coisas boas deste mundo.
Esta autodestruição da justiça, chama-se graça e é privilégio dos mais poderosos, dos que estão para além da justiça. "
Nietzsche, "A Genealogia da Moral" 1887
2 comentários:
Meus queridos
Há muitas Roxanne´s mas nenhuma incorpora melhor a Justiça, que a do tango do Moulin Rouge. Convido-os todos a assistir, está lá tudo, a traição, o poder, a corrupção e o amor.
Sejam bem vindos a esta maravilhosa tarde de Julho, 23 graus no Porto,
Sempre do v. lado
Os editores Disto e daquilo
Dramatismo no auge à segunda-feira!
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