quinta-feira, 23 de abril de 2009

Também nunca me tinha acontecido

A verdade é que hoje, farta de fazer botões e aturar caramelos, fui caminhar para retroceder no processo de obesidade que me vai atingir em breve. Ele não me quis acompanhar, estava a jogar Futebol Manager 2009, para descontrair das agruras do Citius, onde é já treinador do Nottingham Forest, o conhecido Zeca Bat' Ota. Entrei numa boutique, onde tenho um vale de crédito, porque o meu filho achou horrível o casaco tipo baseball que lhe ofereci e me permitiram trocá-lo pelo papelinho que me dá direito a n compras futuras. Assim, apesar de insolvente, posso continuar a consumir até esgotar o vale. Decidi provar umas calças de ganga e um casaco. Comecei por me dirigir contra o espelho, dando em cheio com a testa, com grande estrondo, porque confundi o espelho com a porta do vestiário. Tive direito a um pequeno galo. De seguida, muito a custo, consegui vestir as calças, aos saltinhos, mas não conseguia tirá-las. Tive que as comprar, não porque gostasse, mas porque não saiam. Como não diziam com a camisola que trazia, procurei uma blusa a condizer e um casaco, porque já estava a refrescar. Parte do vale foi-se. Também se foram as chaves do carro, a pen e um Xanax que tinha no bolso das calças que levei de casa e que caíram no chão do vestiário em todo o processo.
Só dei por ela quando, de novo, retomei a caminhada, com look completamente renovado. Ainda voltei atrás mas dei de novo com a cara, desta vez quase partia o nariz contra a porta de vidro que podia jurar que estava aberta.
Sem pen e sem forma de abrir o carro, como é que amanhã vou trabalhar às 8h e 30m? Pensei.
Desesperada, sentei-me numa casa de chá, para tomar uma infusão de cidreira, já que o Xanax ficara na loja. Mais calma, voltei para casa. Foi quando notei que deixara a roupa com que saira na casa de chá. Abri a porta da entrada e ele pergunta-me:
-Onde é que deixaste a roupa?

4 comentários:

Blimunda disse...

Xiça, e eu a pensar que era imbatível! Ontem depois de ter entrado no gabinete do médico e de lhe ter ocupado sem dó, sem piedade e sem licença a cadeira sua por direito vendo-o olhar para mim espantado sem perceber porquê, de, no fim da "entrevista", ter deixado lá o meu casaco e a bolsa das cortisonas e colírios que me acompanha a todas as horas, de ter entrado no gabinete de enfermagem em vez de entrar na casa de banho e mais um sem-fim de atropelos, cheguei à conclusão que tudo aquilo só pode ter sido resultado da minha secreta aspiração a me fazer notada por aquele desvirgulante bonzão. Não lhe digo nada amiga! O homem é bom em todas as horas, mesmo nas em que que insiste em injectar-me coisas.

saphou disse...

Quando é que se decide a virgular com o Dr? Olhe que a infecção não dura para sempre...

patricia m. disse...

Hahaha, voce e o Funes, nao sei qual eh o mais esquecido!!!! Eh competicao eh?

saphou disse...

Vero!