sábado, 13 de dezembro de 2008

Da estupidez

Diz o nosso ditado popular que "quem não tem dinheiro não tem vícios". Nada mais afastado da realidade. Os centros comerciais, à razão de 1 para cada 50 pessoas, segundo me informam, estão a abarrotar de gente, supostamente, sem um tostão, já que estamos com quase 10% de desempregados, mais não sei quantos com salários em atraso e uma imensidão a ganhar o salário mínimo nacional ou menos. Naturalmente, recorrem ao crédito fácil que até aparece oferecido em chamadas inesperadas no telemóvel ou em cheques no correio. E nem se compra para trocar carinhos natalícios, é por consumismo ancorado na necessidade de manter as aparências ou numa psicopatia de combate à depressão colectiva.
O povo segue o Estado, que dá o exemplo do endividamento bacoco e estúpido: Portugal em recessão dedica-se a projectos megalómanos, como o TGV ou o novo aeroporto "Alcochete jamais", onde se vão gastar biliões, importando quase tudo, quando por muito menos se poderiam criar tantos projectos viáveis. Até o Governo se quer colocar em bicos de pés, para disfarçar o facto de estarmos na cauda da Europa.
A mediocridade é muito triste. Pior do que a gripe que me atormenta, como se já não chegassem as vertigens. Agradece-se um chá quente e carinho virtual.

8 comentários:

Álvaro disse...

Eu ás vezes vou passear, para o Colombo, quando estou no turno da saída as 4. só porque está quentinho, mas levo comigo o meu blasé, aquele ar que a drª mac me ensinou, tipo que se lixe para disfarçar a vontade que eu tinha de comprar coisas, mas não posso porque sou um ganda teso

Unknown disse...

http://www1.istockphoto.com/file_thumbview_approve/5516630/2/istockphoto_5516630-springtime-tea.jpg

Unknown disse...

http://i.pbase.com/u18/sailingjim/large/15536953.DSCF6608.jpg

Anónimo disse...

Dantes ia-se à Igreja rezar e saia-se de lá com esperança, agora as pessoas amontoam-se aos encontrões em centros comerciais gigantes, asfixiantes, na articialidade do ar condicionado e ilumina-se com lâmpadas coloridas e a gastar o que não têm. Que tempos estes. Porra!

Anónimo disse...

E muitos vão só ver as montras e sofrer pelo que não podem comprar.

Anónimo disse...

Um chá não te posso oferecer, pois estou longe.
Mas envio-te um "real" e "quente" chi-coração. Todo aquele que fores capaz de abraçar...

Anónimo disse...

quem me dera que agora fosse trucidado por um raio que despertasse em mim a vontade de comprar presentes lindos nos centros comerciais, tipos akeles ke me oferecem configurados de altas marcas, a ke não passo cartucho nenhum, nem entendo mt bem, enfim o natal só serve para sentir ainda mais excluido

Saphou ma baby pa ti, um sabonete de chocolate, mi carinho

saphou disse...

Agradeço muito a todos, sentir-me acarinhada ajuda a suportar melhor isto tudo. bjs