quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A Flor Que Nos Resta

Amanhece a montanha banhada por gotículas de orvalho
Marulha o rio segredos aos molhos ao insuspeito alecrim
Calça o sopé a frescura espelhada no muro ténue de um tempo
Que enche a alma das gentes e ritualiza o óbito da azáfama

De seda e de sol veste a floresta de cor e de sorte

Andorinhas de talhe curado e alegre
Com que se traja a vida e a morte
Depois do sal e do vento agreste

Das brumas do ido tempo primaveril
Bafeja o vento, a nuvem e o desnorte
Esvoaçam estilhaços de dor pueril
Gritos e vozes ladeados de má sorte

São vezes de mais as vezes em que a voz nos grita de dentro
Embustes os sonhos esmagados em céus incandescentes

Infinitas as horas de ardência pungente
Em sepultadas tardes de lânguidas sestas florais

São vezes de menos as vezes em que grita a floresta
Promessas que alteiem a vontade estoicamente
Querenças reencontradas florescendo na estepe do sentimento
Reerguendo a flor que não se foi e que nos resta

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Para ti Blimunda, antes de ires para o Tarrafal do fds, leva o Tyson Beckford que te vai dar jeito

Pode tocar-lhe, que ele até morde

Há coisas hilariantes! A ERC está a passar-se, ou será estratégia?

E não é piada!

-Ó Cardoso, vais tu ao Professor Gambona para contactares o Castro. Temos que comprovar se o programa tinha provas suficientes. Agora é a tua vez de falar com o morto, já que o morto, enquanto vivo, alegadamente contactava a mãe que já tinha passado os portões da existência terrena.
-Heil, mein Führer!
-É que é uma falta de respeito. O homem só foi cremado ontem! Temos admoestar estes gajos. Produtora, equipa técnica, entidade de radiodifusão, médium, e a própria mãe do homem. "Está em causa que se ponha no ar um programa destes com alguém que morreu há uma semana". Arranjem umas contra-ordenações e analisem TUDO, bando de pamonhas, a CARAS, a TVmais, a FLASH, todos os jornais e blogs que falaram no gajo que foi castrado há tão pouco tempo. Haja moralidade!
-JPCM, diz Cardoso, agora é que estamos udidos...prá aí uns 40 artigos por semana, durante meses para analisar. Eu fico com a imprensa cor-de-rosa on line, se não levares a mal. Tem tudo a ver comigo. Sou voyeur por natureza e vocação.
-Tem calma, atrasa a análise (a menos que te dê prazer),t udo leva o seu tempo para ser bem  executado. Além disso, não vês que ele só está a falar para fora, para acalmar as tias e comunidade gay. Numa reunião intima tudo se esclarece. Vai por mim, novato. O AL é raposa velha, sabe bem o que faz, embora tenha o contra de te ter colocado aqui.
-Temo pela Melinda, é que eu gosto tanto daquelas curvas, e ela não só fala como vê os que bateram a caçuleta. E se tenho que intentar uma providência cautelar para acabar com a série? Se eu descubro uma contra-ordenação! Afinal, lá também são tudo mortos recentes. Ai a Mesquita, a minha menina, que saudades!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O melhor do mundo não são as crianças


É esta maravilha da natureza humana.Clique para se aproximar, se lhe aprouver

Education Paradigms

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Monty Python: the Pope and Michelangelo

Conversas entre as velhas





-Ó Sete Luas, o que é que ele te deu no Natal?
-Umas algemas e um chicote, para apimentarmos as coisas, que este pau já não está com nada.
-E tu Marta, que tiveste?
- Um curso de tradução on line.
- Mas quem sabe mexer no computador sou eu, como todos podem ver na imagem.
-Ó menina, aprende-se! Já escrevo 8 horas por dia.
-E tu campina, ao menos deu-te uns sapatos novos?
-Não, uma raridade, um ananás anão de Israel.
Estás muito calada Saphou. Não recebeste nada?
-Sim, três rolos de papel higiénico -Madrid Black da Renova- pack de luxo, e uma caixa de lenços de papel.
-Que evolução! puseste a prenda num altar?
-Não, limpei o cú ao Madrid Black, e assoei as ranhotas com o papel. Depois mandei-o à merda. Tudo reciclável. O Natal mais ecológico da minha vida.

sábado, 8 de janeiro de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Rives controls the internet

Da burla /on cheating:experiências/experiments, by Dan Ariely, Behavior Economist

- Lots of people cheat litle, as long as they still have a moraly acceptable image of themselves;
-People tend to cheat less when moral issues or honor titles are at stake (ex: don't cheat about the Ten Commandments, or if they are promissed to be a member of the MIT Honour Code (which, by the way, does not exist);
-People cheat more if token  interposes between them and the money. Ex: get something, a token, which allow them to get the money, but don't steal directly the money from a glass box;
-If a member of the group cheats more, people of that group cheat more; but if he is from a rival group, they cheat less.
This simple experiments done in universities  allow us to understand how the stockmarket works and why it sunk, namely in the ENROE case.

see and hear Dan Ariely, on our buggy moral code, it's amazing!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Malangatana morreu em véspera de Reis

Os vendilhões da arte alegram-se sempre que um artista plástico morre. Ironia. Eles sempre pintaram por impulso de amor. É o dinheiro a falar mais alto. Os quadros sobem de imediato de cotação. Agita-se de excitação a Christi's e a Sotheby's, entre outras mais modestas. Se há rumores de morte próxima, os urubus correm aos marchands, que esfregam as mãos no cheiro do dinheiro. Dinheiro vil. Por ele descobri, também, em véspera de Reis, a desonestidade de alguém que sempre amei. Também uma parte de mim foi atingida ontem para sempre. Mas não esqueçam Malangatana, aquele homem simples, dotado, que tinha um talento que não podia evitar. Sempre quis um quadro dele com odores e cores de África no peito (ironia, morreu num hospital duma Matosinhos cinzenta). Nunca tive dinheiro o comprar. Agora muito menos. Também nunca tive um anel de noivado. Agora muito menos.


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Conselhos de Designer

Depois não venham com tretas, que não fui eu que tive a ideia e tal...uma catrefada vai imitar-me.
Para 2011, lancei a moda de dois relógios no mesmo braço. De griffe, naturalmente..
Se a outra, em tempos, lançou a moda de um brinco de cada qualidade, e pegou, não é por eu não ser segunda mulher do Represas (pecadora, portanto, a menos que não tenha casado pela Igreja com a primeira, o que é muito provável) que lhe fico atrás. A ideia é de moi e surgiu por causa do destino. Uma predestinada.  No dia em que perdi o relógio de estimação, comprei outro igual, e o primeiro apareceu uma semana depois. Admito, contudo, o uso de relógios diferentes, desde que no mesmo braço. 

sábado, 1 de janeiro de 2011

Ora Bom Ano, e cá vai a minha contribuição filosófica

O tempo subjectivo é lixado
e o objectivo também,

estranho de algo
que não existe,
pois o ontem não é
o amanhã também não
e o presente já era!

Como é que um gajo,
com esta confusão,
pode tomar antibiótico
de  12 em 12 horas?

Só porque os médicos são
uns nominalistas
convencionais pedúnfios

Mas o meu dentista é
de comer e chorar por mais,
podia ser modelo, actor, o estupor
ai se eu tivesse dentes!

P.S.  atentem na passagem de ano em Portugal em 2012 . Para os teenagers, esta.

sábado, 25 de dezembro de 2010