Entrem e sentem-se confortavelmente. Umas tapas, umas bebidas e dois dedos de conversa, vamos passar um bom bocado.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Dúvidas filosóficas de uma adolescente
Ela chegou a casa e disse:
-"Penso logo existo", certo? Então as pedras não existem? Eu sei que isto te parece estranho...deixa lá, não tenho tempo para explicações, agora quero estudar matemática.
Ela cometeu uma falácia muito comum, a chamada falácia do "modus podens. P => Q e P, Logo, Q. Exemplo Penso, logo existo. Penso, Logo existo. Mas daqui não se segue, nem pouco mais ou menos: P => Q Não P, Logo Não Q. Isto vê-se bem com um exemplo: Quem tem um enfarte, morre. Logo, quem não tem um enfarte não morre. É um absurdo. Pode morrer atropelado ou esmagado debaixo de um cofre caído do 10.º andar, por exemplo. É o caso do post. Dizer: penso, logo existo, não significa dizer que o que não pensa não existe ou que só existe o pensante. É o caso das pedras. Não pensam, mas existem.
eu acho que as pedras pensam, bem como as flores, as árvores, enfim, a natureza, os animais irracionais. Trata-se de uma forma de pensar diferente, como pensa o nosso coração (o que está provado). Por isso, Funes é um trapaceiro, fechado no mundo da lógica abstracta.
4 comentários:
Ela cometeu uma falácia muito comum, a chamada falácia do "modus podens.
P => Q
e P,
Logo, Q.
Exemplo
Penso, logo existo.
Penso,
Logo existo.
Mas daqui não se segue, nem pouco mais ou menos:
P => Q
Não P,
Logo Não Q.
Isto vê-se bem com um exemplo:
Quem tem um enfarte, morre.
Logo, quem não tem um enfarte não morre.
É um absurdo. Pode morrer atropelado ou esmagado debaixo de um cofre caído do 10.º andar, por exemplo.
É o caso do post. Dizer: penso, logo existo, não significa dizer que o que não pensa não existe ou que só existe o pensante. É o caso das pedras. Não pensam, mas existem.
Querido Funes, muito agradeço. Vou- falar-lhe já nesta falácia. Aliás, ela até vai ler o post.
E quem disse que as pedras
não pensam?
eu acho que as pedras pensam, bem como as flores, as árvores, enfim, a natureza, os animais irracionais. Trata-se de uma forma de pensar diferente, como pensa o nosso coração (o que está provado). Por isso, Funes é um trapaceiro, fechado no mundo da lógica abstracta.
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