Uma lição logo pela manhã, ainda por cima à segunda-feira!
Tradicionalmente, há duas doutrinas acerca da técnica (ou será arte?) de corrigir testes e exames
Segundo a doutrina tradicional, elabora-se previamente uma grelha de
correcção com pontuações atribuidas a cada item da resposta a cada
pergunta fazendo, deste modo, a cotação total de cada resposta. Como
chamar a esta técnica? A doutrina tradicional chama-lhe objectiva, uma
vez que se baseia num modelo pré-definido com
rigor. Na realidade, é subjectiva, pois que a grelha foi previamente
elaborada por quem fez as perguntas. Aproxima-se das tradicionais noções
de erro na declaração e sobre os motivos, que hoje se tendem a fundir.
Nós chamar-lhe-iamos: doutrina é chata! Embora tenha a vantagem da
segurança jurídica e de os destinatários acreditarem na sua
objectividade.
A doutrina mais moderna defende que os testes e
exames deverão ser divididos por grupos e atirados para uma banqueta, a
partir de uma posição superior. Pode ser usado um escadote. Há duas
variantes: a banqueta pequena 1x1, mais rigorosa, porque dá menos
hipóstes; a banqueta 4x4, que é bastante generosa. A distância da altura relativamente às banquestas também é importante, porque influi no resultado.
Segundo esta
forma de agir, os testes ou exames que cairem na banqueta terão nota
positiva. Os que cairem no chão, têm nota negativa. A seguir faz-se uma
correcção impressionista, na diagonal, para efeitos de graduação da nota
de 10 a 18 ou de 0 a 9. A esta doutrina, em qualquer das suas
variantes, chamamos mommista ou, vulgarmente, tamefed. Não é uma técnica,
é uma arte. Estatisticamente, produz os mesmos resultados. Mas tem a
desvantagem da injustiça, a que os seus defensores chamam azar. Ao
destinatário explica-se: teve azar meu caro.
Há uma terceira doutrina. Mas essa não iremos explicar hoje hoje: keep calm que as notas vão sair!
E agora ainda me sugerem a teoria do malmequer! Acho esta quarta muito atraente, rápida e bucólica! Talvez a venha a adoptar...
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