Segundas-feiras

Vejo o "Tempo Extra" da SIC e interrogo-me: porque é que ninguém dispensa o tótó Rui Santos? Não diz nada de jeito sobre futebol, não sabe falar português, veste-se mal (hoje todo brilhante, da gravata ao casaco), é feio que dói, ataca o Zé Guilherme Aguiar, estão à espera de quê?

Na revista de imprensa internacional o destaque é dado para a "Operação Chumbo Pesado" que Israel não pára e que preocupa todo o mundo. Está a transformar-se numa catástrofe humanitária. No entanto, os media abusam tanto da desgraça que já estamos todos meios numb. Cada vez somos menos sensíveis. Estratégia de sobrevivência? No terreno, borrar-nos-iamos de medo, entrariamos em pânico e teríamos genuína preocupação pelas pessoas. Assim, limitamo-nos a análises distantes, mais ou menos inteligentes, sem ponta de emoção. Um exercício do intelecto.

Obama viverá num hotel de luxo, com direito a fantasma, até ir para a White House, e a festa de tomada de posse custará uma fortuna.

A crise do corte do gás pela Rússia agrava-se, levando a reunião da UE.

Morreu a a mulher mais velha do mundo, que foi ontem a enterrar, portuguesa, de 115 anos e de seu nome Maria de Jesus.

A escola recomeça amanhã e ninguém tem sono. É o stress pós-férias, que atinge quase toda a gente, mas de que nunca tinha ouvido falar até há pouco tempo.

Dass, é segunda-feira. Há 30 anos que sou fã deste poster. "Ich hasse Montags", foi a primeira versão que me chegou num autocolante comprado em Passau que ainda guardo.