vou fazer um retiro espiritual.
Fiquei chocada com a beleza e profundidade do post sobre o Professor Baptista Machado, que tive o privilégio de ter como professor e com quem conversei algumas vezes na FEP. Voltei a recordá-lo.
Também fiquei deprimida, porque sei que ele foi sempre uma pessoa demasiado inteligente para ser feliz. Tinha muita tristeza e desapontamento no olhar vago. Era um génio, um incompreendido.
Funes não contou o que aconteceu com o seu velório. Ainda bem. Fica em segredo.
Posso dizer que Funes acabou com a minha superficial alegria, que toda a semana tenho tentado conquistar, com muita força de vontade. O desalento está sempre à espreita. Logo agora que estava tão divertida como blogger TVI. Resta-me continuar a trabalhar no livro que nunca acaba.
....
Ou talvez não. Fui caminhar para a praia, contra o vento e contra a chuva, sentir o cheiro a maresia, os salpicos das ondas na cara, o sabor a sal nos lábios, os seixos por baixo das botas. Respirei os meus fantasmas, convivi com os meus medos, apanhei búzios, conchas e pequenas pedras coloridas, tirei dezenas de fotografias. Senti-me lavada. Voltei sem pressa. Acho que agora posso retomar o livro sem fim com muito menos angústia. Pelo menos no presente, que é a única coisa que existe.
11 comentários:
Ora bolas Saphou, agora que eu já tinha feito as minhas extensões e tudo!!! Assim não brinco!
Ok Blimunda, por si vou fazer madeixas. Que cor aconselha?
Titanium, cara amiga! E nas pontinhas dos cabelos minúsculas partículas de diamante. Vai fazer um furor, gaganto-lhe!
MERDA PARA O FUNES, ISTO ESTAVA TÃO DIVERTIDO!
E se pintar de cor isabel? acha que me favorece? Mantemos os diamantes, a girl's best friend.
Hummm, acho que não, acho que não! Ainda iam dizer que tinha roubado a crina à égua da filosofia cavalar da Mac! Os diamantes sempre!
"...sei que ele foi sempre uma pessoa demasiado inteligente para ser feliz."
Citando Confúcio: Quanto mais souberes mais infeliz serás.
citando : mais puro e melhor que tudo é às vezes a coisa produzida por sugestão - o objecto deduzido pela simples absorção da esperança;
e como sempre atribuimos à fogosa aguardente de cana esta manifestação. E amanha provavelmente estaremos novamente mortos.
citando jorge c: conheço uma ou duas histórias do Prof. Baptista Machado muito hilariantes. Um dia conto-lhe. Ele vivia aqui ao meu lado.
Very good!!! Bateu o post do Funes... ;-)
Ainda bem que gostou Patrícia. Agradeço muito o elogio.
Enviar um comentário